Díli
Díli
Timor-Leste
Imagem
Timor-Leste
Breve história

Díli é um dos 13 distritos administrativos de Timor-Leste. Está localizado na costa norte da ilha de Timor e confina, a oeste, com o distrito de Manatuto, a sul, com Aileu, a leste, com Liquiçá e a norte, com o Mar de Savu; a ilha de Ataúro, em frente da cidade de Díli, também faz parte do distrito. A cidade de Díli é a capital do país, sede do distrito de Díli e de um dos três bispados do país. Em Díli está localizado o principal porto do país e o único aeroporto internacional, em Comoro, recentemente rebaptizado em honra do líder independentista Nicolau Lobato. A cidade, centro cultural, político e económico do país, tem muito poucos recursos, dependendo da ajuda económica externa e da agricultura, atividade que emprega a maioria da população. A exploração dos recursos energéticos do Mar de Timor (gás e petróleo), em parceria com a Austrália, virá certamente dar um novo impulso à economia da cidade, do distrito e do país. Para possibilitar um desenvolvimento sustentável e retirar o carácter anárquico e de elevada densidade populacional que caracterizam atualmente a capital de Timor-Leste está em elaboração, com o apoio da Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, um Plano de Urbanização de Díli que permitirá traçar ruas e espaços públicos, fazer equipamentos e infra-estruturas, licenciar grandes construções e concretizar propostas no âmbito das políticas sectoriais. No âmbito da cooperação da UCCLA com a cidade de Díli, destacam-se a reconstrução e a reabilitação do Liceu Dr. Francisco Machado, onde hoje está instalada a Universidade de Díli, a reabilitação e ampliação do antigo Palácio do Governador, atualmente Residência Oficial do Presidente da República, e ainda a estrada de acesso à Escola de Balibar. Breve História Díli foi fundada em 1769. As frágeis construções de madeira dos primeiros anos foram consumidas por sucessivos incêndios até que, em 1834, a cidade foi urbanizada, sendo elevada à categoria de cidade, em Janeiro de 1864. No final do século XIX foram realizadas diversas melhorias em Díli, como a ligação da cidade aos povoados circunvizinhos por estrada, a rede de abastecimento de água e o farol do porto. Já nos inícios do século XX, foram construídas a catedral e o a câmara municipal de Díli, que não sobreviveram à invasão e ocupação do Japão, na Segunda Guerra Mundial, um período negro da história de Díli e de Timor, com massacres à população e destruição generalizada do edificado. Terminada a guerra, Timor regressou ao domínio português, empreendendo-se uma penosa e demorada reconstrução da capital da colónia e de todos os outros centros populacionais. Entre 1959 e 1963 foi a construída ponte-cais de Díli, restabelecida a rede de esgotos, o abastecimento regular de água e de energia eléctrica, foram erguidas escolas e hospitais e reparadas ou construídas novas ruas, estradas e pontes. Depois foram alcatroados os principais arruamentos da cidade, alargou-se o período de fornecimento de energia eléctrica às 24 horas do dia. Foram ainda construídos o Centro Emissor de Telecomunicações, as oficinas das Obras Públicas, a Escola Técnica, a Imprensa Nacional, os CTT, a prisão e o porto de mar foi modernizado e ampliado. Timor-Leste proclamou unilateralmente a independência em 28 de Novembro de 1975. Nove dias depois, a Indonésia invadiu Díli, transformando o território na sua 27.ª província, chamada "Timor Timur". No entanto, a resistência timorenses, prosseguiu uma luta de guerrilha contra a ocupação, ferozmente combatida pelo exército indonésio. Ao longo dos 25 anos que durou a ocupação, dezenas de milhares de civis foram mortos. A cobertura mediática, a nível mundial, do massacre cemitério de Santa Cruz, em 1991, resultou num movimento de apoio internacional a favor da independência de Timor-Leste, sobretudo no exterior, onde se formaram inúmeros movimentos de apoio à causa timorense. Em 1998, com a queda de Suharto e a tomada de posse de B. J. Habibie, o governo da Indonésia aceitou a realização de um referendo em Timor-Leste, supervisionado pela ONU. A maioria da população (78,5%) votou pela independência, o que provocou a ira de milícias orquestradas pela Indonésia, levando à destruição de grande parte da cidade. Em 20 de Maio de 2002, Díli voltou a ser capital da República Democrática de Timor-Leste.

Descrição
Área
48, 27 km2 (cidade); 372 km2 (distrito)
População
157 854 habitantes (distrito)
Clima
Tropical, quente e húmido, com duas estações anuais determinadas pelo regime das monções
Recursos Económicos
Exportação de café, sândalo e mármore. Reservas de petróleo.
Elementos Institucionais
Adesão à UCCLA
2001
Aniversário
30 de agosto
Presidente da Câmara Municipal
Autoridade Municipal de Díli - Guilhermina Saldanha
Morada

Administração do Distrito de Díli
Rua Mouzinho de Albuquerque
Díli, República Democrática de Timor-Leste

Seminário sobre Mobilidade e Acessibilidade realizado em Díli

Na semana em que na Europa se celebra a Mobilidade, dia 23 de outubro, o projeto “Parceria para o Reforço da Governação Urbana, Inclusão Social e Promoção do Empreendedorismo, em Díli, Timor-Leste”, promoveu um seminário subordinado ao tema “Mobilidade e Acessibilidade”.

Na sessão de abertura, o representante do presidente da Autoridade Municipal de Díli, no seu discurso de abertura referiu que “a Autoridade Municipal de Díli, de acordo com as competências previstas, legalmente no domínio da ação social, tem e deve promover os direitos e a integração plena das pessoas portadoras de necessidades especiais e evitar quaisquer situações de risco, vulnerabilidade e exclusão social. Por isso, este seminário serve de plataforma de discussão e sensibilização dos atores do exercício do poder local, sobretudo no que refere à interligação com a comunidade, promovendo o envolvimento de todos, sem deixar ninguém para trás, e continuar o caminho para uma sociedade mais inclusiva e socialmente justa”. Por sua vez, a representante da União Europeia, a responsável de programas da Delegação da União Europeia, Dulce Gusmão, reiterou o compromisso da União Europeia em trabalhar continuamente para apoiar e promover uma maior Inclusão.

A iniciativa contou com a participação de dirigentes da Autoridade Municipal de Dili, que abordaram temas como a falta de acessibilidades e as quase inexistentes oportunidades de emprego para as pessoas com mobilidade reduzida, entre outras limitações.

O seminário teve como oradores, Eduardo Tilman da Silva Teixeira - Coordenador do Projeto Inclusão Deficiência, Ra’es Hadomi Timor Oan (RHTO) - Organização Nacional para Pessoas com Deficiência, com a apresentação do tema Acessibilidades para apoiar Pessoas com Mobilidade Reduzida. Este orador apresentou os objetivos da organização que representa e, em concreto, o conceito de Acessibilidade no contexto físico, transporte, informação e comunicação, incluindo outras facilidades públicas e privadas, criando acessibilidades necessárias para pessoas de mobilidade reduzida. No final da sua exposição, deu ainda a conhecer os princípios universais para a acessibilidade, incluindo uma demonstração de exemplos de acessibilidades.

A oradora Mafalda Gusmão, coordenadora do Grupo Deficiência Criatividade, partilhou a sua experiência como empreendedora com a criação de um grupo de arte e cultura onde promove atividades económicas, por conta própria, para ultrapassar os desafios que a própria sociedade impõe a quem tem limitações como é o caso dos membros do seu grupo. Realçou que uma Mulher com deficiência também pode liderar um grupo composto só por homens.

A última intervenção foi da oradora Carmeneza Monteiro, Líder para a Igualdade de Género, Deficiência e Inclusão Social e Fortalecimento do Sistema Governamental da Parceria para o Desenvolvimento Humano (PHD - Partnership for Human Development) que apresentou os compromissos que Timor-Leste, como Estado, assumiu para a defesa e promoção dos Direitos de Pessoas com Deficiência.

O seminário foi moderado pela agência de notícias DILIGENTE e contou com a presença de cerca de 80 participantes, entre os quais diretores municipais, administradores de posto e chefes de suco.


O projeto “Parceria para o Reforço da Governação Urbana, Inclusão Social e Promoção do Empreendedorismo, em Díli, Timor-Leste” é financiado pela União Europeia e cofinanciado pela Autoridade Municipal de Dili (AMD), implementado pela UCCLA, AMD e Câmara Municipal de Lisboa (CML).

 

 

 

 

Imagem
Seminario Mobilidade Dili

Reconstrução do Palácio de Lahane e construção da Residência Oficial em Timor-Leste

O denominado “Palácio do Governador” foi edificado por volta do último quartel do século XIX, e destinava-se à residência oficial do governador do território.