Praia
Praia
Cabo Verde
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Cabo Verde
Breve história

A vila da Praia de Santa Maria, localizada no litoral sul da ilha de Santiago, surgiu em 1615, quando se deu o início do povoamento de um planalto situado perto de uma praia (praia de Santa Maria) que oferecia boas condições para navios. Inicialmente utilizada como porto clandestino (para fugir ao pagamento de taxas aduaneiras na capital, então a cidade de Ribeira Grande) a localidade foi progressivamente adquirindo características de uma vila com a gradual fuga das populações da Ribeira Grande, aquando do declínio desta última. A passagem oficial da capital de Ribeira Grande para Praia de Santa Maria deu-se em 1770. Ao longo da história de Cabo Verde houve sucessivas propostas de transferências da capital de Praia para outros locais, mas com a elevação do estatuto de vila para cidade, em 1858, Praia ficou definitivamente a capital de Cabo Verde, concentrando as funções de centro político, religioso e económico. A cidade da Praia foi a primeira cidade construída de raiz em África pelos Portugueses, mas durante a administração portuguesa, só o planalto central (o Plateau) era considerado “cidade”. Só depois da independência se aceitou o facto de que a cidade da Praia englobava também os bairros circundantes. Desde essa altura a cidade sofreu um boom demográfico, e em trinta anos quadruplicou a sua população, recebendo movimentos migratórios de todas as ilhas, e contribuindo para que a ilha de Santiago concentrasse metade da população de Cabo Verde, o Município da Praia, um quarto, e a cidade da Praia, um quinto da população. No Plateau estão concentrados os serviços e os edifícios públicos que abrigam os órgãos de decisão política e económica, bem como monumentos mais relevantes. Praia, a maior cidade de Cabo Verde, dispõe de uma importante indústria pesqueira, de um movimentado porto comercial e de um aeroporto internacional, recentemente construído. Vive, essencialmente, do setor terciário, incluindo as atividades ligadas à administração e governação (autárquica e nacional), um extenso comércio, serviços (saúde, educação, turismo, restauração e hotelaria, função pública, etc.), turismo e construção civil. Mais exposta à influência do exterior, a cidade é mais cosmopolita do que o resto da ilha de Santiago, de caraterísticas mais conservadoras e tradicionais. A Praia foi o primeiro sítio em Cabo Verde onde se instituiu o ensino secundário, com a criação do Liceu Nacional, em 1861, o qual acabou por fechar por falta de interesse das autoridades portuguesas e só em 1960 voltaria a ter um liceu. Hoje conta com numerosos estabelecimentos de ensino dos diversos graus e duas Universidades, de que se destacam a Universidade de Cabo Verde e a Universidade Jean Piaget. Capital da República de Cabo Verde

Descrição
Área
258 Km2
População
131 602 habitantes (Censo 2010)
Clima
Temperado, verões quentes e secos, pouca precipitação que ocorre sem época própria
Recursos Económicos
Agricultura, pesca e turismo. Riqueza marinha
Elementos Institucionais
Adesão à UCCLA
1985 sendo membro fundador
Aniversário
29 de abril - Elevação do estatuto de Vila a Cidade / 19 de maio - Dia do Município
Presidente da Câmara Municipal
Francisco Carvalho
Morada

Câmara Municipal da Praia
Praça Alexandre de Albuquerque
Caixa Postal 108
Plateau - Praia
Santiago, República de Cabo Verde

XII Encontro de Escritores de Língua Portuguesa reuniu autores lusófonos na cidade da Praia

De 5 a 8 de setembro, a cidade da Praia, capital de Cabo Verde, foi palco do XII Encontro de Escritores de Língua (EELP), evento que reuniu autores, críticos e entusiastas da literatura de todos os países lusófonos.

Organizado pela UCCLA e pela cidade da Praia, o encontro com o tema geral "Literatura, Liberdade e Inclusão" e com os subtemas “Literatura e Liberdade” e “Literatura e Inclusão”, teve como foco o intercâmbio cultural, discutir o papel da literatura na preservação da língua portuguesa e fortalecer os laços entre os países que compartilham esse idioma.

 

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(fotografia de grupo)

5 de setembro

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Durante quatro dias, renomados escritores e vozes da literatura lusófona participaram de debates, lançamento de livros, mesas-redondas e muita troca de ideias e pensamentos.

A abertura oficial do XII EELP teve lugar na Biblioteca Nacional de Cabo Verde e contou com as intervenções da presidente do Instituto da Biblioteca Nacional, Matilde Santos, Secretário-geral da UCCLA, Vítor Ramalho, presidente da Academia Caboverdiana de Letras, Daniel Medina, vereador da Cultura da Câmara Municipal da Praia, Jorge Garcia, em representação do presidente Francisco Carvalho, e do Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves.

Após a abertura, decorreu um debate sobre “Camões e a Identidade Literária da Língua Portuguesa”, com a intervenção do Prémio Camões Germano Almeida, Domício Proença (ex-presidente da Academia de Letras do Brasil, em vídeo) e com a moderação e intervenção de Rita Marnoto (Professora da Universidade de Coimbra).

O XII EELP prestou homenagem a escritores falecidos, que contribuíram de forma marcante para a literatura lusófona, como Amílcar Cabral e Luís Vaz de Camões, reconhecendo a importância das suas obras na formação das literaturas de expressão portuguesa e no legado histórico que deixaram.

 

6 de setembro

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Literatura e Liberdade-Mesa redonda1-DSC05708  Literatura e Liberdade-Mesa redonda2_4755  Apresentacao Premio Revelacao Literaria UCCLA_DSC05793

7 de setembro

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O encerramento desta edição do EELP contou com as intervenções da presidente da Assembleia Municipal da Praia, Clara Marques, Secretário-geral da UCCLA, Vítor Ramalho, e do Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, Augusto Veiga.

 

O evento contou com a presença dos seguintes poetas e escritores:
- Angola e Macau: Jorge Arrimar;
- Brasil: Domício Proença Filho (vídeo) e Fernanda Ribeiro (vencedora do Prémio de Revelação Literária UCCLA-CMLisboa - Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa 2024);
- Cabo Verde: António Correia e Silva, Arménio Vieira, Augusta Teixeira, Cheila Delgado, Comandante Pedro Pires, Daniel Mendes, Germano Almeida, José Luiz Tavares, Mário Lúcio, Nardi Sousa, Paulo Veríssimo e Vera Duarte;
- Espanha/Galiza: Alfredo Ferreiro Salgueiro;
- Guiné-Bissau: Tony Tcheka;
- Moçambique: Luís Carlos Patraquim;
- Portugal: Inês Barata Raposo, Isabel Alçada (vídeo), José Pires Laranjeira e Rita Marnoto;
- São Tomé e Príncipe: Olinda Beja;
- Timor-Leste: Luís Cardoso.

 

Além da troca literária, o evento proporcionou ao público local uma programação cultural paralela, com venda de livros, leitura de poesia e tertúlias.

O Encontro de Escritores de Língua Portuguesa é realizado anualmente e já se consolidou como um espaço fundamental para o diálogo entre escritores de diferentes nações com o intuito de promover a língua portuguesa e fortalecer a sua presença no cenário literário global.


Programa do XII Encontro de Escritores de Língua Portuguesa

Reportagem fotográfica do XII Encontro de Escritores de Língua Portuguesa

 

Vídeos disponíveis do XII Encontro de Escritores de Língua Portuguesa:

6 de setembro

Subtema: Literatura e Liberdade: Homenagem ao centenário do nascimento de Amílcar Cabral:

Intervenção do Comandante Pedro Pires e Mesa redonda com moderação de Cheila Delgado (Cabo Verde), com os oradores Nardi Sousa (Cabo Verde), Tony Tcheka (Guiné-Bissau), José Luiz Tavares (Cabo Verde) e Luís Carlos Patraquim (Moçambique)

Mesa redonda com moderação de Cheila Delgado (Cabo Verde), com os oradores Luís Cardoso (Timor-Leste), Augusta Teixeira (Cabo Verde) e José Pires Laranjeira (Portugal) 

Apresentação do Prémio de Revelação Literária UCCLA-CML: Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa

7 de setembro

Subtema: “Literatura e Inclusão”

Mesa-redonda com a moderação de Paulo Veríssimo (Cabo Verde) e intervenção de António Correia e Silva (Cabo Verde), Jorge Arrimar (Angola e Macau), Vera Duarte (Cabo Verde) e Inês Barata Raposo (Portugal)

Mesa-redonda com a moderação de Paulo Veríssimo (Cabo Verde) e intervenção de Daniel Mendes (Cabo Verde), Olinda Beja (São Tomé e Príncipe), Isabel Alçada (Portugal, vídeo) e Alfredo Ferreiro Salgueiro (Espanha/Galiza)

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Projeto de cooperação descentralizada “Vamos Acabar com a Dengue” em Cabo Verde

Cabo Verde, país insular, é "vulnerável" aos efeitos das alterações climáticas, em setores como a desertificação, a subida do nível do mar e o surgimento de epidemias inéditas, como é o caso da Dengue.