Macau
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China
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Breve história

A cidade de Macau, juntamente com as ilhas de Taipa e Coloane, integra a Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), desde 20 de dezembro de 1999, data em que Portugal transferiu a soberania do território para a República Popular da China. Macau era apenas uma pequena povoação piscatória quando, em 1557, os portugueses obtiveram dos governantes chineses autorização para permanecer na área. A partir daí, o território, primeiro entreposto europeu na China, tornou-se um elo essencial no funcionamento do comércio e da comunicação do então dinâmico império colonial português, um lugar de contato e cruzamento de culturas. Situada no Delta do Rio das Pérolas, Macau, que se manteve fiel à coroa portuguesa é, desde há mais de 400 anos, testemunho da vivência harmoniosa entre as culturas ocidentais e orientais, designadamente na arquitetura, como foi reconhecido pela UNESCO, quando, em 2005, classificou o Centro Histórico de Macau como Património Mundial da Humanidade.

Da lista de monumentos históricos de Macau salientam-se o Edifício do Leal Senado, a Fortaleza da Guia, o Templo de A-Ma, as Ruínas de São Paulo, a Fortaleza do Monte, as Igrejas de São Domingos e da Penha e muitos outros, que constituem um património arquitetónico de valor único e universal. Durante o domínio português, a Câmara Municipal de Macau, criada em 1583, era oficialmente designada por Leal Senado, o qual foi extinto logo após a transferência de soberania de Macau para a China, sendo substituído pelo Instituto dos Assuntos Cívicos e Municipais.

Porto franco de séculos, Macau é uma economia de mercado, aberta e liberal que vive, principalmente, das elevadas receitas dos jogos e do turismo. A cidade tem uma atmosfera internacional onde, no entanto, convivem, com respeito e tolerância mútua, as comunidades chinesa e portuguesa. A Declaração Conjunta e a Lei Básica da RAEM – alguns aspetos: Em 13 de Abril de 1987, os Governos da China e de Portugal assinaram a Declaração Conjunta sobre a Questão de Macau, acordando que o Governo da República Popular da China voltaria a assumir o exercício da soberania sobre Macau em 20 de dezembro de 1999. Após a transferência da soberania, entrou em vigor a Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), que substituiu o Estatuto Orgânico de Macau, em vigor desde 1976, e da qual se transcrevem-se a seguir alguns aspetos. No Preâmbulo pode ler-se: “A fim de salvaguardar a unidade nacional e a integridade territorial, bem como favorecer a estabilidade social e o desenvolvimento económico de Macau, tendo em conta o seu passado e as suas realidades é criada a RAEM, ]de harmonia com o princípio «um país, dois sistemas» [apresentado e definido por Deng Xiaoping], não se aplicam em Macau o sistema e as políticas socialistas.” Simultaneamente, o art.º 1º, Cap. I, da mesma lei decreta que “Região Administrativa Especial de Macau é parte inalienável da República Popular da China.” O art.º 12.º, Cap. II da Lei Básica, dispõe que a RAEM é uma “região administrativa local da República Popular da China que goza de um alto grau de autonomia e fica diretamente subordinada ao Governo Popular Central” e, de acordo com o art.º 13 º, “o Governo Central autoriza a RAEM a tratar, por si própria e nos termos desta Lei, dos assuntos externos concernentes.” A Lei Básica da RAEM está em vigor durante 50 anos, como determina o ponto 12 do nº 2 da Declaração Conjunta assinada em 1987: “As políticas fundamentais […] e os respetivos esclarecimentos […] serão estipulados numa Lei Básica […] e permanecerão inalterados durante cinquenta anos.”

As relações entre Portugal e Macau são ainda agilizadas e promovidas via a Delegação Económica e Comercial de Macau (DECM) em Lisboa; um serviço de representação da Região Administrativa Especial de Macau, sendo responsável pela defesa dos interesses e pela promoção da RAEM em Portugal. A contribuição para o estreitamento dos laços existentes entre a Região Administrativa Especial de Macau e Portugal, nomeadamente naquilo que respeita à defesa dos interesses da RAEM em Portugal e à promoção dos interesses económicos e comerciais da RAEM junto de organismos, empresas e entidades públicas ou privadas portuguesas ou sediadas em Portugal, é uma das atribuições centrais da Delegação Económica e Comercial de Macau, em Lisboa. São também atribuições da DECM a divulgação das realidades sociais e culturais da RAEM em Portugal e o apoio ao desenvolvimento do intercâmbio cultural e turístico entre ambos. Enquanto serviço de representação da Região Administrativa Especial de Macau em Portugal, à Delegação Económica e Comercial de Macau compete ainda prestar apoio à formação de quadros de origem local em Portugal, e a colaboração com organismos públicos ou privados portugueses na formação de quadros de origem local a realizar em Macau. Como entidade representativa da RAEM em Portugal, a Delegação Económica e Comercial de Macau cumpre com a prestação de serviços de apoio à emissão ou renovação de documentos de residentes da RAEM.

Descrição
Área
29,2 km2
População
557 400 habitantes (estimativa de 2011)
Clima
Subtropical com tendência para temperado
Recursos Económicos
Indústria do jogo e do turismo; indústria têxtil, brinquedos, produtos eletrónicos e construção civil
Elementos Institucionais
Adesão à UCCLA
1985, sendo membro fundador
Aniversário
24 de junho
Presidente da Câmara Municipal
Representação do Governo da R.A.E.M. : Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa
Governador
Chefe da Delegação: Lúcia Abrantes dos Santos
Morada

Av. 5 de Outubro, n.º 115 - 4.º
1069-204 Lisboa, Portugal

Apresentado novo plano de ordenamento urbanístico da Ilha Verde

O Governo de Macau apresentou um novo Plano de Ordenamento Urbanístico da Ilha Verde, após 14 anos, prevendo reduzir a densidade populacional, com a estimativa de 13 mil habitantes, e aumentar a área verde.

O planeamento tem ainda foco no reforço da preservação da cultura e da paisagem da Colina da Ilha Verde e do seu convento, através de um corredor visual principal com largura de 80 metros. O matadouro, armazém intermediário e cais de dragagem deverão ser removidos da Ilha Verde.

Melhoria do ambiente de vida, promoção do desenvolvimento da zona e preservação da cultura e da paisagem da Colina da Ilha Verde, são as prioridades constatadas no novo Plano de Ordenamento Urbanístico da Zona da Ilha Verde. Em comparação com o plano anterior que foi divulgado há 14 anos, o atual planeamento prevê uma redução da população projetada para metade, passando de 27.000 para 13.000 residentes, bem como uma diminuição significativa da escala da área de construção em 40%.

O Plano, que foi apresentado, dia 6 de novembro, pela Direção dos Serviços de Solos e Construção Urbana (DSSCU) ao Conselho do Planeamento Urbanístico, foi elaborado no contexto da revisão do plano anterior de 2010, tendo em conta a Lei de Salvaguarda do Património Cultural que prevê o alargamento das áreas de proteção da Colina da Ilha Verde.

Segundo o Executivo, no planeamento estão previstos 44 lotes de terrenos com uma área total de construção de 238.800 metros quadrados, dos quais 26 são terrenos destinados ao uso habitacional, o que representa 21,68% do total.

De salientar ainda que a zona de planeamento vai desde o Norte até à Estrada Marginal da Ilha Verde, a Sul até à Baía Norte do Patane, a Oeste até ao Parque Industrial Transfronteiriço e a Leste até à Estrada Nova da Ilha Verde e Avenida do Conselheiro Borja. Neste caso, na zona Norte serão construídas novas instalações recreativas, desportivas e municipais, e no Sul serão construídas instalações comerciais, culturais, recreativas e desportivas.

Um outro do plano é deixar a Ilha Verde “contribuir para o desenvolvimento da diversificação da economia, “transformar a zona costeira [da Ilha Verde] numa zona dinâmica e cultural que integre o turismo + cultura”, afirmou o documento. O Governo pretende ainda criar uma rede pedonal tridimensional que abrangerá passeios, passagens superiores para peões e corredores pedonais, melhorando o espaço para mobilidade suave.
 


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Apresentado novo plano de ordenamento urbanístico da Ilha Verde

Inauguração do Hospital Macau Union

O Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas - Centro Médico de Macau do Peking Union Medical College Hospital (Hospital Macau Union) foi oficialmente inaugurado no dia 16 de setembro.

O Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, referiu que o Hospital Macau Union é um projeto importante da cooperação entre a Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) e o Interior da China na área da saúde, construído sob a égide do princípio «um país, dois sistemas», e é um marco importante para o desenvolvimento do sector dos cuidados de saúde de Macau, pois vem aperfeiçoar mais o sistema de prestação de serviços de saúde da Região.

A cerimónia de inauguração do Hospital, realizada no âmbito de celebração do 75.º Aniversário da Fundação da República Popular da China e do 25.º Aniversário do Regresso de Macau à Pátria decorreu na sala de conferências do Edifício de Administração e Multi-Serviços do Hospital Macau Union.

Ho Iat Seng indicou ainda que o objetivo é tornar este hospital num centro médico de primeira classe com influência internacional, baseado na Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, apto para satisfazer as necessidades no Sudeste Asiático, e que o Hospital Macau Union vem aumentar a capacidade de Macau no diagnóstico e no tratamento de doenças complicadas e graves, e nas especialidades clínicas que assegura, melhorar a saúde e o bem-estar dos residentes de Macau que a ele precisem de recorrer e aperfeiçoar de forma abrangente a qualidade de cuidados médicos em Macau. Sublinhou que, através da marca de qualidade, de quadros qualificados, da gestão, da tecnologia médica e dos recursos médicos do PUMCH, se verificará definitivamente uma melhoria significativa da qualidade na prestação de cuidados de saúde especializados em Macau, será, também, no âmbito da estratégia do desenvolvimento da diversificação adequada da economia «1+4», promovido, activamente, o desenvolvimento da indústria de Big Health de Macau e o intercâmbio e a cooperação entre Macau e o mundo na área da medicina.

Acrescentou que, com o estabelecimento do Hospital Macau Union, Macau integrará ainda melhor a Estratégia Nacional da Grande Baía, dará pleno uso às suas vantagens regionais únicas e será promovido o desenvolvimento da indústria de Big Health, nomeadamente o sector de turismo de saúde de alta qualidade. E, simultaneamente, será fomentado o desenvolvimento do ensino da medicina em Macau, impulsionada a transformação dos resultados da investigação médico-científica e realçado ainda mais o brilho do «cartão dourado» de Macau como metrópole internacional.

Por sua vez, ao discursar, o subdiretor da Comissão Nacional de Saúde, Cao Xuetao, que presidiu também à cerimónia de inauguração, revelou que a Comissão Nacional de Saúde dá sempre elevada importância e forte apoio a Hong Kong e a Macau para o seu desenvolvimento, desempenho das vantagens institucionais de «um país, dois sistemas», integração na conjuntura do desenvolvimento nacional na área da saúde, criação de hubs de quadros qualificados internacionais de destaque, e desempenho de um melhor papel na abertura do País ao exterior. Salientou que o Hospital Macau Union é a implementação de disposições de trabalho do Governo Central para Macau, um projecto que promove a implementação do princípio «um país, dois sistemas» na área da saúde, uma obra importante do Governo da RAEM que vem beneficiar a população, bem como uma iniciativa importante do Peking Union Medical College Hospital para servir a construção de uma China saudável e promover os planos estratégicos dos próximos cem anos.

A presidente do Peking Union Medical College Hospital e assessora honorária do Hospital Macau Union, Zhang Shuyang, afirmou que o estabelecimento e funcionamento do Hospital Macau Union é o cumprimento da responsabilidade social da equipa nacional de hospitais públicos pelo Peking Union Medical College Hospital, e a missão de criar uma vida melhor para os compatriotas de Macau. Frisou que, virado para o mundo, o Peking Union Medical College Hospital irá persistir na responsabilidade do bem-estar público, elevar a capacidade de diagnóstico e de tratamento de doenças complicadas e graves, dar prioridade à satisfação dos serviços de cuidados de saúde públicos, esforçando-se para alcançar o objetivo de “tratar doenças graves sem sair de Macau”.



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