Fernando Pessoa escreveu, melhor do que ninguém, o sentimento do que nos une há já 20 anos. Ao lembrarmos aqui que «Em Português nos Entendemos», estamos, mesmo sem o querer, a prestar homenagem a este grande poeta e prosador português quando imortalizou o que estava à frente de todos: “A Minha Pátria é a Língua Portuguesa”.
Duas décadas passadas, é devida uma homenagem sentida ao percursor deste nosso caminho. Nuno Kruz Abecasis soube, como só ele sabia fazer, unir africanos, europeus, americanos e asiáticos num projecto comum que ainda hoje tanto nos diz.
Por isso, relembrar Abecassis é também reviver o que a UCCLA fez em prol dos que mais precisavam. E, olhando para trás, sabemos que temos obra para mostrar e que nos orgulharmos dela. Este livro pretende ilustrar o nosso caminho percorrido até aqui.
Mas porque estamos cientes dos novos desafios que temos pela frente, sabemos que o sucesso político do futuro aprofundamento da cooperação e da consolidação do espaço lusófono torna imperativa a necessidade de consolidar a afirmação da UCCLA como agente de promoção do desenvolvimento e cooperação entre as cidades que a constituem.
Para isso, a UCCLA deverá privilegiar os mais carenciados através de uma política de criação de parcerias e protocolos com outras instituições e via candidaturas a apoios internacionais.
Hoje, queremos para a UCCLA mais e melhor. Queremos que esta instituição possa ser um veículo de excelência para canalizar a ajuda ao desenvolvimento, desejamos que a UCCLA possa ser um interlocutor prestigiado nas instituições multilaterais e bilaterais de financiamento.
Com isto estaremos também a dar mais um passo no sentido de estender, cada vez mais, este compromisso a outros parceiros, governamentais e não governamentais, no sentido de reforçar os domínios da cooperação e consolidar o espaço lusófono, transformando-o num incontornável pilar de desenvolvimento e agregação em torno do valor patrimonial que é a Língua Portuguesa.
António Carmona Rodrigues
Presidente da Comissão Executiva da UCCLA
Assinatura do Protocolo de Cooperação entre a UCCLA e a CPLP: 2005-02-15
«É hoje claramente assumido que o sucesso político do futuro aprofundamento da cooperação e da consolidação do espaço lusófono, torna imperativa a necessidade de consolidar a afirmação da UCCLA como agente de promoção do desenvolvimento e cooperação entre as cidades que a constituem, dotando-a, em simultâneo, de uma administração mais moderna e eficaz».
XX Assembleia-Geral da UCCLA, em Luanda: 2004-11-23
«O ano de 2004 marca um ponto de viragem fundamental nesta organização, cientes que temos novos desafios pela frente. Há a necessidade de consolidar a afirmação da UCCLA como agente de promoção do desenvolvimento e cooperação entre as cidades que a constituem».
«Numa altura em que acreditamos que, por força da reestruturação que estamos a empreender na organização e pela crescente disponibilização de mais recursos financeiros, vamos conseguir que a UCCLA se afirme, cada vez mais, como um exemplo e como um incontornável pilar de desenvolvimento e agregação em torno do valor patrimonial que é a Língua Portuguesa».
Durante a assinatura do Protocolo de Cooperação entre a UCCLA e a CPLP: 2005-02-15
«A UCCLA e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa são naturalmente os parceiros privilegiados para cooperarem em todos os domínios, nomeadamente no que concerne a privilegiar os mais carenciados através de uma política de criação de parcerias e protocolos com outras instituições e via candidaturas a apoios internacionais. O que hoje aqui fica consignado por escrito é um propósito que há muito norteia as nossas intenções e acção política, e também um exemplo da desejada articulação entre o Poder central e local nos países de Língua Portuguesa».
«O ano de 2004 marca um ponto de viragem fundamental nesta organização, cientes que temos novos desafios pela frente»
Presidente da Comissão Executiva (2004-2007)