Visita guiada à exposição “O Fio Invisível” em parceria com o Museu do Oriente
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Visita guiada à exposição “O Fio Invisível” em parceria com o Museu do Oriente
Publicado em 16-12-2019
Assinalando a celebração dos 40 anos de relações diplomáticas oficiais entre Portugal e a China, e a criação da RAEM-Região Administrativa Especial de Macau, a UCCLA e o Museu do Oriente organizaram - com o apoio da Delegação Económica e Comercial de Macau e do Observatório da China - uma visita guiada a duas exposições, no dia 14 de dezembro.
 
Coleção Presença Portuguesa na Ásia  O Fio Invisível
 
Para uma melhor compreensão da arte contemporânea é importante começar por conhecer o passado histórico e a arte desenvolvida ao longo dos séculos pelos povos que habitaram e habitam um determinado território. A visita do Museu do Oriente permitiu conhecer uma parte importante da arte desenvolvida em Macau e na China e a interinfluência entre as respetivas culturas, como se pode constatar na visita à exposição de arte contemporânea, na UCCLA. 
 
Nesse mesmo sentido, a primeira visita teve lugar no Museu do Oriente, ao núcleo sobre Macau e a China, e foi orientada por Ricardo Mendes. Este núcleo insere-se na exposição permanente do Museu do Oriente, nomeadamente na Coleção Presença Portuguesa na Ásia. O núcleo sobre Macau e a China é constituído por biombos chineses, assim como várias pinturas e gravuras do chamado período “China Trade” (séculos XVIII-XIX). Dele fazem parte notáveis registos das paisagens urbana, natural e humana do território, do período em que Macau se afirma como plataforma entre a China e o Ocidente. O papel de Macau, em termos do comércio internacional está igualmente documentado, com a presença de porcelana brasonada, formando, na disposição de pratos, travessas, terrinas ou jarras, um dragão.
 
 
 
A segunda visita decorreu na UCCLA e foi orientada por Carolina Quintela, curadora da exposição “O Fio Invisível - Arte Contemporânea Portugal - Macau | China”, que está patente na UCCLA até ao dia 20 de janeiro de 2020. Tendo a sua origem numa antiga crença chinesa, o Fio Invisível ou o “fio do destino”, fala sobre um fio vermelho invisível que une as pessoas que estão predestinadas a encontrar-se, independentemente do tempo ou lugar. Esta exposição coletiva reúne, nos diversos discursos estéticos, obras dos artistas Ana + Betânia, Ana Pérez-Quiroga, António Júlio Duarte, Bai Ming, Chan Wai Fai, Fernão Cruz, José Drummond, José Maçãs de Carvalho, Liu Jianhua, Mio Pang Fei, Nuno Cera, Pedro Valdez Cardoso, Rui Rasquinho e Wong Ka Long. Na ocasião foi ainda projetado, no auditório da UCCLA, o filme de José Maçãs de Carvalho "Learning from Macau, FullHD, 2011” (com a duração de 38 minutos).