Decorreu, dia 25 de maio, a sessão solene de encerramento da Homenagem à Casa dos Estudantes do Império (CEI), na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
As escadarias da Fundação foram o local escolhido para o Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra apresentarem, pela primeira vez, o Hino da UCCLA. Letra do escritor e poeta angolano Manuel Rui e do compositor Luís Cília.
Poderá ouvir aqui (gravação por Rui Lóio) e ver a letra.
A sessão solene de encerramento contou com as intervenções do Secretário-Geral da UCCLA, Vítor Ramalho, do presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Artur Santos Silva, e do Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Luís Campos Ferreira. Marcaram presença diversos autarcas, empresários, historiadores e pessoas interessadas no assunto.
Luís Campos Ferreira relembrou o empenho do Secretário-Geral da UCCLA na concretização deste grande evento, permitindo, deste modo, uma maior solidificação das relações entre os países lusófonos. O Secretário de Estado afirmou que esta iniciativa não se esgota nestas comemorações, uma vez que valorizou aspetos por vezes menos conhecidos.
A sessão de encerramento teve, ainda, dois painéis:
- 1.º Painel com os antigos Primeiros-Ministros - França Van Dúnem (Angola), Mário Machungo (Moçambique) e Pascoal Mocumbi (Moçambique)
Presidente de mesa - José Tavares (Luanda, Angola)
Moderação - Luís Todo-Bom
França Van Dúnem recordou os tempos em Coimbra, revelando algumas histórias mais marcantes.
Mário Machungo falou da crise de 1961, confidenciando alguns dos episódios ocorridos na Casa.
Pascoal Mocumbi recordou o seu percurso de vida até chegar a Lisboa, da sua vivência num lar de estudantes e dos convites para participar nas reuniões da Casa.
O autarca de Luanda, José Tavares, agradeceu e reconheceu o trabalho e empenho desta iniciativa e da mensagem que se extrai da mesma. Estes testemunhos, de acordo com o responsável, deverão ser transmitidos por várias gerações.
- 2.º Painel com os antigos Presidentes da República - Jorge Sampaio (Portugal), Miguel Trovoada (São Tomé e Príncipe) e Pedro Pires (Cabo Verde)
Presidente de mesa - David Simango (Maputo, Moçambique)
Moderação - Inocência Mata
O antigo Presidente da República de Moçambique, Joaquim Chissano, não podendo estar presente, associou-se à iniciativa, enviando uma mensagem a todos - Veja aqui.
Para Chissano, a “Casa dos Estudantes do Império é o exemplo vivo de que todas as mulheres e homens têm capacidades infinitas de criar condições para um mundo melhor”. Agradeceu à UCCLA a possibilidade de percorrer a história com todos os “companheiros de viagem”.
“A Casa dos Estudantes do Império prestou-nos, a todos, uns grandes serviços” afirmou Jorge Sampaio, confidenciando que foi na Casa que aprendeu a dançar.
Miguel Trovoada recordou os tempos e momentos vividos na Casa.
Para Pedro Pires, a CEI “constitui o sítio de memória incontornável”. Recordou as personalidades que lutaram pela independência.
O presidente da autarquia do Cazenga, em Angola, Vitor Narciso, ofertou ao “mais novo” dos presidentes, Pedro Pires, um quadro.