Sabia que... a UCCLA promoveu a recuperação da Fortaleza de Cacheu, na Guiné-Bissau?
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Guiné-Bissau | Cacheu
Publicado em 16-02-2024

Este importante marco histórico foi possível graças a um concurso gerido pela UCCLA, iniciado em 2000. A intervenção resultou de um pedido endereçado ao governo português, em 1990, uma vez que o edifício se encontrava num estado avançado de degradação.

Para enfrentar os desafios impostos pelo tempo e pela ação erosiva do rio, a UCCLA, sob a liderança do então presidente da Câmara Municipal de Lisboa e Secretário-geral da UCCLA, Jorge Sampaio, interveio com a colocação de uma cunha de betão, para sustentar o paredão que enfrentava o rio, garantindo assim a preservação e segurança da fortaleza.
 

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Fortaleza de Cacheu

 

A Fortaleza de Cacheu, situada na região noroeste da Guiné-Bissau, é um marco histórico que remonta ao século XVI, durante a era da expansão colonial portuguesa. Localizada na cidade de Cacheu, às margens do rio Cacheu, esta imponente estrutura defensiva ergue-se como testemunho dos tumultuosos períodos de colonização e comércio que caracterizaram a história da região.

Esta fortaleza foi erguida por volta de 1587/1588, refletindo a importância estratégica de Cacheu como ponto de apoio às explorações marítimas e ao comércio transatlântico de Portugal. Concebida para proteger a região contra os frequentes ataques de corsários e para controlar o rio, a fortaleza desempenhou um papel vital na salvaguarda dos interesses coloniais portugueses na África Ocidental.

 

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Assim, inicialmente, o forte tinha múltiplas finalidades: controlar o rio, favorecer o comércio, oferecer proteção contra ataques e servir como ponto de abastecimento para os navios. No entanto, ao longo das duas primeiras décadas de existência, a fortaleza passou por diversas intervenções para melhorar a sua capacidade defensiva.

A arquitetura da Fortaleza de Cacheu, com os seus imponentes muros e torres de vigia, é um exemplo notável do estilo militar da época, representando não apenas uma obra de defesa, mas também um símbolo do poder colonial português na região. Ao longo dos séculos, a fortaleza testemunhou inúmeras transformações e episódios históricos, desde disputas territoriais até ao comércio de escravos que marcou profundamente a história da África Ocidental.

Essa empreitada de recuperação foi viabilizada através do financiamento da APAD - Agência Portuguesa de Apoio ao Desenvolvimento, atualmente conhecida como Camões - Instituto da Cooperação e da Língua. Graças a esta intervenção, a Fortaleza de Cacheu não apenas foi resgatada do iminente colapso, mas também teve a sua importância histórica e cultural preservada, continuando a ser um testemunho vivo da história compartilhada entre Portugal e os países africanos de língua oficial portuguesa.