O Prémio Literário UCCLA - Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa foi criado em 2015 pela UCCLA em conjunto com o Movimento 800 anos da Língua Portuguesa. Tem como objetivo estimular a produção de obras literárias, nos domínios da prosa de ficção (romance, novela, conto e crónica) e da poesia, em língua portuguesa, por novos escritores.
Em 2021, com o reforço da parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, passou a intitular-se Prémio de Revelação Literária UCCLA-CMLisboa - Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa. Nesse mesmo ano a editora Guerra e Paz assumiu o papel de editora responsável pela publicação da obra premiada, que antes era assegurada pela editora A Bela e o Monstro. Este prémio literário distingue-se dos restantes na medida em que apenas são permitidas candidaturas de pessoas que nunca tenham editado ou publicado obras, em papel ou formato digital.
O vencedor, para além de ver a sua primeira obra literária publicada, é convidado/a a comparecer ao Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, iniciativa promovida anualmente pela UCCLA, com todos os custos incluídos. Os resultados, por norma, são anunciados no dia 5 de maio, Dia Mundial de Língua Portuguesa, ou em data próxima, no âmbito destas celebrações.
Após a seriação dos candidatos, face ao cumprimento dos critérios do regulamento, as obras são submetidas a uma equipa de pré-júri coordenada por António Carlos Cortez, que seleciona um conjunto de obras e respetiva apreciação levados à consideração e avaliação do júri. O júri, por sua vez, é constituído por um elemento de cada país de língua portuguesa, rotativo anualmente, bem como por um representante do Movimento 800 Anos de Língua Portuguesa e um da UCCLA. Já integraram o júri vários escritores de renome, desde António Carlos Secchin (Brasil), Germano de Almeida (Cabo Verde), Inocência Mata (São Tomé e Príncipe), José Pires Laranjeira (Portugal) e Tony Tcheka (Guiné-Bissau).
Resumo das edições anteriores e premiados
A 1.ª edição do prémio literário, que teve lugar em 2015/2016, contou com a participação de 722 autores de língua portuguesa, com um total de 865 obras apresentadas. O vencedor desta edição foi João Nuno Azambuja (Portugal), com o livro “Era uma vez um Homem”. Nesta edição foram ainda atribuídas duas menções honrosas, nomeadamente ao livro “Ausência” de Ana Beatriz Leal Saraiva (Brasil) e ao livro “Memórias Fósseis” de Wesley d’ Almeida (Brasil). Desde então o autor já publicou três obras, com a editora Guerra e Paz, nomeadamente “Os Provocadores de Naufrágios” (2018), “Autópsia” (2019) que foi lançado no auditório da UCCLA e “Era uma vez um homem” (2021). Desde maio de 2020, promove um projeto em parceria com a UCCLA intitulado de “As nossas leituras - https://www.facebook.com/asnossasleituras.azambuja/”, que desafia escritores, artistas, personalidades da cultura, leitores, livreiros, bibliotecas, amigos da arte, a ler excertos de livros que marcaram as suas vidas.
A 2.ª edição, que teve lugar 2016/2017, o prémio literário somou 520 candidatos, sendo o vencedor Thiago Rodrigues Braga (Brasil) com o livro “Diário de Cão”. Nesta edição foi apenas atribuída uma menção honrosa ao livro “Asa Norte” da autoria de Rafaela Nogueira Barbosa (Brasil).
A 3.ª edição, em 2017/2018, reuniu 805 candidaturas. O prémio foi atribuído a Oscar Maldonado (Paraguai) com o livro de poesia “Equilíbrio Distante”.
A 4.ª edição, 2018/2019, congregou 779 candidaturas. Nesta edição, para além do vencedor, António Correia (Portugal), com o livro “Praças”, foram assumidas duas menções honrosa à obra “Alexandria” de João de Oliveira (Portugal) e a “Cidade de Cinzas”, de José Nascimento (Brasil). Foram ainda destacadas duas obras como finalistas, nomeadamente “Espingarda” de Suélen Oliveira (Brasil) e “Incompletos” de Diogo Serôdio (Portugal).
A 5.ª edição, 2019/2020, contou com a participação de 431 escritores. O vencedor desta edição foi Henrique Reinaldo Castanheira (Portugal) com o livro “O Heterónimo de Pedra”. Menções honrosas: “Os Animais Mortos na Berma da Estrada” de Hugo Pereira (Portugal), e em poesia, o livro “Um Museu Que Arde” de Tiago Aires (Portugal). Destaque para duas obras como finalistas: “42 Dias” de Fernanda Nogas (Brasil) e “Espelhos” de Cátia Hughes (Brasil).
A 6.ª edição, 2020/2021, contou com 699 candidaturas. O vencedor desta edição foi Leonardo Costa de Oliveira, com o livro “O Sonho de Amadeu”. Tendo sido atribuídas três menções honrosas, nomeadamente a “Entre Lobo e Cão” de Artur Siqueira Brahm (Brasil), “Rios” de Paulo Cesar Ricci Romão (Brasil), “Lemas” de José Pessoa (Brasil).
A 7.ª edição e última edição, de 2021/2022, contou com 281 candidaturas. O vencedor desta edição foi Alexandre Siloto Assine, com o livro “Caligrafia”. Foram ainda atribuídas duas menções honrosas, a “A Invasão” de Luís Henrique Aguiar (Brasil) e a “Três Dias em Fevereiro” de Ricardo de Almeida (Portugal), bem como a recomendação de publicação da obra “O Diário”, prosa de Amílcar Campos Bernardi (Brasil).
De momento está a decorrer a avaliação por parte do júri das candidaturas à 8.ª edição, 2022/2023. O período de submissão de candidaturas terminou a 10 de fevereiro, somando 301 participantes de língua portuguesa.
Saiba mais em https://www.uccla.pt/premio-literario-uccla