SABIA QUE…. A UCCLA implementou um projeto de cooperação em Cabo Verde que beneficiou cerca de 140.000 pessoas?

Sabia que… a UCCLA foi parceira da elaboração de um Dicionário de Tétum-Português, em 2000?

Figurando o papel de patrocinadora, a UCCLA colaborou na publicação do “Dicionário de Tétum-Português” ao lado de instituições como a Assembleia da República, Ministério dos Negócios Estrangeiros - Comissário para o Apoio à Transição em Timor-Leste, Ministério da Cultura de Portugal, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Fundação Calouste Gulbenkian, entre outros.

O livro “Dicionário de Tétum-Português” foi publicado em maio de 2000 sob a chancela das Edições Colibri e da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e com Fernando Mão de Ferro, na qualidade de editor. O autor, Luís Costa, contou com a colaboração técnica de Margarita Correia, no domínio da linguística e lexicografia.

Este livro é produto de um trabalho desenvolvido desde setembro de 1995, tendo sido concluído em novembro de 1999. Sendo que, a ideia da concepção deste dicionário foi, originalmente, de Artur Marcos, à data, responsável pelo Centro de Documentação Timor/Ásia. Atualmente, a obra ainda se encontra disponível para compra ou através de várias plataformas digitais, como a Bertrand, Wook e Esconderijo dos Livros.

 

Capa_Dicionario de Tetum Portugues

Capa_Guia Pratico da Cartilha Maternal  Capa_Cartilha Maternal

 

 

Sinopse:
“O dicionário de uma língua constitui um arquivo actuante de palavras, através das quais perpassa a memória cultural de um povo. Umas, mais antigas, mas ainda vivas, representam o sedimento acumulado de mundos experienciados. Outras, mais recentes, deixam fluir criatividade intelectual e o progresso acumulado nos mais diversos sectores da actividade humana ou reflectem influências de outras línguas em contacto.
Um dicionário bilingue, como o que agora apresentamos, estabelece uma ponte entre duas línguas, conduzindo de uma à outra, de modo a facilitar a tradução ou o ensino-aprendizagem.
Nos últimos quase vinte e cinco anos a língua portuguesa foi companheira da resistência timorense à ocupação indonésia e está naturalmente disponível para se tornar língua oficial do novo país em gestação. Se as suas autoridades mantiverem tal decisão política.”
João Malaca Casteleiro 

 

Biografia:
Luís Costa nasceu a 13 de dezembro de 1945 em Fatu-Berliu, Manu-Fahi. Fez o curso de Humanidades e Filosofia em Évora e o curso de Teologia em Leiria. Ordenado sacerdote em dezembro 1973, em novembro de 1974 regressa a Timor e colocado como colaborador na missão de Ossú. De janeiro de 1976 a março de 79 esteve nas montanhas com a resistência. Em 1977, como assistente do comissariado, colabora com o Comissário Bie Ky Sahe e Mali Ex (enfermeiro Eduardo). Regressa a Díli em abril de 79. Autor da tradução, com equipa de sacerdotes, o Ordo Missae, Ferial e Leituras das Missas, tradução aprovada pela Santa Sé, em abril de 1981. Em 1983 regressa a Portugal. Em 1986 abandona a vida sacerdotal. Desde 1984, membro do Comité da Fretilin na Diáspora, colabora em atividades pela causa timorense. É autor do dicionário tétum-português, 2000, Guia da Conversação Português-Tétum, 2001, e Borja da Costa - Selecções de Poemas, Lidel, 2010. De 2001 a 2004 trabalha no Instituto Camões. De abril a agosto de 2014 trabalha no ME de Timor-Leste como assessor do currículo da língua tétum para ensino recorrente.
(Fonte da Biografia)

Ainda no ano de 2000, a UCCLA apoiou, juntamente, com a Câmara Municipal de Lisboa, a edição de duas obras - nomeadamente a “Cartilha Maternal”, da autoria de João de Deus, bem como a reimpressão do “Guia Prático da Cartilha Maternal” de João de Deus, a 8.ª edição revista e actualizada por Maria da Luz de Deus - para entrega exclusiva em Timor-Leste.

Estas doações tiveram como propósito fortalecer e dotar o ensino de português em Timor, de método e de materiais didácticos actualizados, citando o então presidente da Câmara Municipal de Lisboa e, simultaneamente, presidente da UCCLA, João Soares: “Os timorenses escolheram o português para sua língua e precisam de meios, sobretudo livros, para a sua aprendizagem. A Língua que falamos é também nossa identidade, e foi a identidade do povo timorense que lhe deu força para lutar sempre pela sua dignidade.”
(Fonte: “Timor quer falar Português” in “Carilha Maternal”, 2000. p. 5)

 

 

 

Publicado em 30-12-2021