Sabia que... os membros da UCCLA são cidades e empresas espalhadas pelo mundo?
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SABIA QUE…. A UCCLA implementou um projeto de cooperação em Cabo Verde que beneficiou cerca de 140.000 pessoas?
Publicado em 10-08-2023

A UCCLA - União das Cidades Capitais Luso-Afro-Américo-Asiáticas, também conhecida como União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa, é uma associação internacional intermunicipal que foi fundada em 1985. A sua fundação resultou de um ato que juntou as várias capitais dos países de língua oficial portuguesa, Bissau (Guiné-Bissau), Lisboa (Portugal), Luanda (Angola), Maputo (Moçambique), Praia (Cabo Verde), Rio de Janeiro (Brasil) e São Tomé/Água Grande (São Tomé e Príncipe) e, enquanto parte integrante do império português à data, Macau (China).

Posteriormente a UCCLA alargou-se a cidades que não são capitais e às empresas, contando, atualmente, com 88 membros. A maioria dos membros está localizada em países ou regiões de língua oficial portuguesa, incluindo Angola (12), Brasil (6), Cabo Verde (7), China/RAEM - Região Administrativa Especial de Macau (1), Espanha (2), Guiné-Bissau (6), Moçambique (12), Portugal (33), São Tomé e Príncipe (2) e Timor-Leste (5). Nesse mesmo sentido, existem quatro tipologias de membro, a saber: apoiantes associados, efetivos e observadores.

Os membros da UCCLA possuem direitos e deveres, pagando uma joia e quota fixada em contexto de Assembleia Geral, onde cabe, igualmente, deliberar a adesão ou exoneração de membros. Para mais informações, consulte os estatutos no link www.uccla.pt/estatutos.

Saiba mais da história e informação de cada membro no link www.uccla.pt/membros.

Agora, vamos dar a conhecer os membros existentes na UCCLA e respetiva data de adesão.


 

Membros apoiantes
 

Os membros apoiantes são pessoas coletivas públicas, concordatárias e privadas. Atualmente a UCCLA tem 24 membros apoiantes, a saber:

Angola: Africonsult - Consultores de Engenharia, Lda (2010), Banco de Poupança e Crédito (1991), BNI - Banco de Negócios Internacional (2011) e TAAG - Linhas Aéreas de Angola (2011)
Brasil: Câmara Municipal de Salvador - Câmara de Vereadores (2018)
Cabo Verde: EMEP - Empresa de Mobilidade e Estacionamento da Praia (2015)
Portugal: ADP - Águas de Portugal Internacional (1987), AULP - Associação das Universidades de Língua Portuguesa (2007), BDO & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda (1990), Carris (1997), CEAL - Centro de Estudos da Administração Local (2014), CRBA - Capitão, Rodrigues Bastos, Areia & Associados - Sociedade de Advogados (2010), Cunha Vaz & Associados - Consultores (2010), Diorama - Gestão e Participações (2014), Fundação Inatel (2011), GALP Energia SGPS, SA (1990), LUSA - Agência de Notícias de Portugal SA (2005), Montepio Geral (2012), Observatório da China (2019), Ordem dos Engenheiros Técnicos de Portugal (2017), Parques do EDT - Sociedade de Promoção e Gestão de Parques Empresariais do Entre Douro e Tâmega SA (2014), SRS Advogados (2006) e TAP Portugal (1989), Visabeira Global (2011)


Membros associados

 

Os membros associados correspondem a cidades de língua portuguesa cujas particularidades sejam relevantes para os objetivos e fins prosseguidos pela União e aqueles cuja população apresenta uma componente significativa histórica ou cultural ligada a qualquer dos países dos membros efetivos. Atualmente, temos 28 membros associados, a saber:

Angola: Belas (2013), Cazenga (2013), Huambo (2000) e Kilamba Kiaxi (2018)
Brasil: Belém (1999) e Fortaleza (2022)
Cabo Verde: Assomada/Santa Catarina (2005), Sal (2018), São Filipe (2004) e São Vicente/Mindelo (2000)
Guiné-Bissau: Bafatá (2008), Gabu (2006) e Região do Oio (2019)
Moçambique: Angoche (2018), Beira (2009), Chibuto (2018), Chokwé (2018), Inhambane (2018), Mandlakazi (2018), Quelimane (2018), Vila Praia do Bilene (2018) e Xai-Xai (2018)
Portugal: Almada (2011), Braga (2018), Cascais (2011), Odivelas (2011), Oeiras (2011) e Sintra (2010)



Membros efetivos


Estatutariamente, são membros efetivos as antigas e atuais cidades capitais de língua portuguesa, em todo o caso, abriram-se exceções ao se reconhecer um notório peso socioeconómico e contributo para os respetivos países.

Curiosidade: O único país que possui o português enquanto língua oficial, que não tem nenhum membro na UCCLA, é a Guiné-Equatorial. Este país definiu a língua portuguesa como uma das suas línguas oficiais, em 2010.

Assim, atualmente, existem 23 cidades membro:

Angola: Benguela (2011), Luanda (1985) e M’Banza Congo (2015)
Brasil: Brasília (1986), Rio de Janeiro (1985) e Salvador da Bahia (1995)
Cabo Verde: Praia (1985) e Ribeira Grande de Santiago (2006)
China: Região Administrativa Especial de Macau (1985)
Guiné-Bissau: Bissau (1985), Bolama (2000) e Cacheu (1989)
Moçambique: Ilha de Moçambique (1994) e Maputo (1985)
Portugal: Angra do Heroísmo (2013), Coimbra (2010), Guimarães (1990), Lisboa (1985) e Porto (2016)
São Tomé e Príncipe: Santo António do Príncipe (1993) e São Tomé/Água Grande (1985)
Timor-Leste: Díli (2001) e Oecussi-Ambeno (2004)

 

Membros observadores

Podem ser membros observadores as comunidades lusófonas e as cidades lusófonas e não lusófonas que pretendam acompanhar a atividade da UCCLA, correspondendo a 11 membros observadores atualmente, a saber:

Angola: Icolo e Bengo (2022)
Espanha: Olivença (2019) e Santiago de Compostela (2017)
Moçambique: Nampula (2013)
Portugal: Covilhã (2014), Fundão (2022), Mértola (2016) e Ponta Delgada (2018)
Timor-Leste: Baucau (2022), Ermera (2022) e Viqueque (2022)

Curiosidades: Apesar de Espanha não ter o português enquanto língua oficial, aderiram à UCCLA duas cidades, devido a questões de natureza histórica, cultural e linguística comum.

Olivença está localizada a 22 km a sul de Badajoz, na comunidade autónoma da Extremadura e a 10 km da fronteira natural que forma o Rio Guadiana, com Portugal. Embora seja atualmente parte da Espanha e a língua oficial seja o espanhol (castelhano), muitos de seus habitantes falam português, ou um dialeto conhecido como “barranquenho”, uma variante do português que persistiu na região. Desde 2014, que os naturais de Olivença podem adquirir nacionalidade portuguesa, por força de uma ação da Associação Além Guadiana, uma organização cultural e social já extinta que tinha por finalidade a defesa da identidade e o património português em Olivença. Os oliventinos não renunciam à tradição portuguesa devido à história que une os dois países. Nesse mesmo sentido, primam por manter os monumentos e património portugueses, que têm vindo, inclusive, a ser recuperados e restaurados.

A relação especial de língua e nacionalidade portuguesa de Santiago de Compostela está relacionada à língua galega, que compartilha uma proximidade linguística com o português - raízes linguísticas comuns - e também à peregrinação do Caminho de Santiago, que atrai muitos portugueses e outros peregrinos católicos. Santiago de Compostela é considerada a cidade mais portuguesa da Galiza. Na rota portuguesa de Santiago, a arquitetura também tem um traço forte. A obra de Siza Vieira está presente na zona urbana, com dois edifícios emblemáticos, o Centro Galego de Arte Contemporânea (1988-93), e a Faculdade de Ciências da Comunicação (1992-2000).