Realizou-se no dia 30 de janeiro, e antecedendo o VI Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, na cidade da Praia, uma primeira reunião com vista à criação de uma rede cabo-verdiana de Cidades Educadoras.
A reunião contou com a presença do presidente da Câmara Municipal da Praia, Óscar Santos, do vereador da Segurança, Proteção Civil, Relações Internacionais e Mobilidade de Proximidade da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Manuel Castro, da vereadora da Cooperação e Comunidades Imigrantes da Câmara Municipal da Praia, Maria Aleluia Andrade, do Secretário-geral da UCCLA, Vitor Ramalho, entre outros.
A Associação Internacional das Cidades Educadoras é uma rede que engloba cerca de 350 cidades, dos 5 continentes. As cidades educadoras regem-se pelos princípios que integram a Carta de Barcelona, revista em novembro de 2004. As cidades educadoras são todas aquelas que assumem, coerentemente, o imenso potencial que o seu património histórico, cultural, institucional, de recursos de diversa índole, eventos e projetos lhes proporciona, transformando-os em capital educativo para todos os habitantes da cidade. Todo o espaço do município é considerado como potencialmente educador.
Na reunião de Cabo Verde estiveram presentes além de 2 cidades portuguesas, Lisboa e Torres Vedras, os municípios da Praia, São Domingos, São Lourenço, Santa Catarina e São Miguel. Todas demonstraram vontade de participarem na Rede Internacional das Cidades Educadoras, com a constituição de uma rede territorial cabo-verdiana das Cidades Educadoras, com vista a, em conjunto com as cidades portuguesas, brasileiras e moçambicanas aderentes, se vir a constituir uma Rede de Cidades Educadoras Lusófonas, integrada na rede internacional.
Este encontro visava, também, a sensibilização das cidades cabo-verdianas para integraram a Associação Internacional das Cidades Educadoras que já é integrada pelas cidades de Lisboa, Torres Vedras, Praia e Maputo.
“Tendo em atenção a relevância do desenvolvimento a todos os níveis, que as cidades têm em todo mundo, é fundamental agregaram também esforços para uma interação dos próprios cidadãos na cidade do ponto de vista inter-geracional, mas também numa ótica do reforço da própria intervenção da sociedade civil nela”, referiu Vitor Ramalho, adiantando que se pretende institucionalizar esta rede lusófona na assembleia-geral da Associação Internacional das Cidades Educadoras, que terá lugar em Argentina, no mês de junho deste ano, pelo que considera que não havia melhor local para dar o pontapé de saída que não fosse na cidade da Praia que já integra a associação internacional.
Para o vereador da Câmara Municipal de Carlos Manuel Castro, trata-se de uma “abordagem muito mais global, de promoção do civismo e da cidade como um espaço de permanente valorização da educação cívica”.
Para Débora Sanches, ponto focal da cidade da Praia na Associação das Cidades Educadoras, o que se pretende é “explicar o que é ser uma cidade educadora, as vantagens de se pertencer à Associação Internacional das Cidades Educadoras” e as “de se criar, dentro desta Associação, uma rede de cidades que falam a língua portuguesa”.
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