O governo da província de Nampula (Membro Observador da UCCLA), no Norte de Moçambique, espera construir durante o presente ano cerca de 518 furos de água e reabilitar outros 181, entre outras ações que irão fornecer água potável a mais 387.700 habitantes.

 

O executivo prevê, ainda, construir e reabilitar 22 pequenos Sistemas de Abastecimento de Água (PSAA) em 22 distritos, segundo revelou Pedrido Rocha, responsável do setor de Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos naquela região do país.

 

Nampula vai efetuar 2.700 ligações domiciliárias, construir e reabilitar um total de 120 fontenários públicos nas cidades de Nampula, Nacala-Porto, Angoche e Ilha de Moçambique.

 

A província de Nampula possui uma das mais baixas taxas de cobertura em abastecimento de água no país, dado que dos cerca de cinco milhões de habitantes, apenas 41 por cento tem acesso a água potável de fontes seguras.

 

“O nosso propósito é de garantir água potável às populações, para combatermos doenças de origem hídrica, reduzir distâncias percorridas à busca do precioso líquido e permitir que as mulheres disponham de tempo para estudar e trabalhar para melhorar o rendimento familiar” referiu o responsável. 

 

Pedrido Rocha adiantou que, para este ano, o setor de Obras Públicas, Habitação e Recurso Hídricos de Nampula prevê expandir a capacidade das infraestruturas de armazenamento de água para irrigação dos campos agrícolas, com a construção de 13 represas, para além da manutenção e reabilitação das barragens de Nampula e Nacala e da estação hidroclimatológica localizada na capital do norte.

 

Entretanto, o governador da província de Nampula, Victor Borges, referiu que apesar dos esforços que estão a ser feitos na construção de fontes de abastecimentos de água, o seu executivo tem ambição em aumentar a taxa de cobertura, razão pela qual reconheceu que os desafios nesta componente ainda são enormes.

 

O plano quinquenal do governo de Nampula prevê para o período 2015 -2019 aumentar a provisão de acesso à água potável para 75 e 90 por cento nas zonas rurais e urbanas, e para 55 e 85 por cento no tocante ao saneamento do meio rural e urbano, respetivamente.