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O Pequeno Livro dos Grandes Heróis lançado na UCCLA
Publicado em 05-07-2019
Os homens que ficaram na história pela coragem, força de carácter e ideais que defenderam, pondo muitas vezes a sua vida em risco, foi o propósito da obra “O Pequeno Livro dos Grandes Heróis” de Sofia Cochat-Osório lançada no dia 4 de julho, no auditório da UCCLA.
Saudando todos os presentes, Vitor Ramalho, Secretário-Geral da UCCLA, afirmou que “esta obra é muito importante porque reflete, numa linguagem simples, e muito direta, várias personalidades planetárias que acabaram por influenciar positivamente a sorte do mundo. E ela chama-lhe “O Pequeno Livro dos Grandes Heróis”. Realmente é verdade, porque dentre esses grandes heróis, começa no Ramsés II e termina no Mandela. Há, pelo menos, três personalidades portuguesas, que são ali referenciadas e são referenciadas a justo título.”
Destacando que “o mundo dos países de língua oficial portuguesa contribuiu com personalidades verdadeiramente invulgares e ainda hoje continua a fazê-lo, para ditar os destinos do próprio mundo”, deu como exemplo o secretário-geral das Nações Unidas.
Em representação da Editora Guerra e Paz, Inês Figueiras enalteceu o percurso de “jornalista, repórter, guionista, editora e coordenadora de conteúdos” de Sofia Cochat-Osório ressaltando que “agora a sua paixão pela escrita materializa-se neste livro, pequeno em tamanho, mas grande na arte de contar as histórias sublimes de 25 heróis universais”.
Para Inês Figueiras, estes heróis são “exemplos de coragem, valentia e força de caráter, que ousaram quebrar barreiras e que impulsionaram grandes mudanças no nosso mundo. A Sofia ousou mergulhar nas histórias de vida de grandes homens e partiu numa viagem pelos quatro cantos do mundo, em busca de heróis universais, exploradores, líderes, visionários, homens das letras e das ciências, grandes estrategas e homens que se bateram pela liberdade. A Sofia encontrou diamantes em bruto e poliu-os até chegar às histórias apaixonantes que compõem este livro. Parabéns Sofia!”
A obra foi apresentada por Maria do Céu Roldão, doutorada em Teoria e Desenvolvimento Curricular pela Simon Fraser University, Vancouver, Canadá e agregada em Educação pela Universidade de Aveiro, Portugal. “A Sofia foi sempre uma pessoa da escrita, uma pessoa que eu li coisas várias, várias áreas, mais ou menos intimas, algumas até que se calhar não são conhecidas e cuja capacidade, merecia ter esta expressão pública, passando por todos esses passos profissionais que ela já percorreu, em que a escrita esteve presente mas uma escrita mais ligada ao jornalismo, à diplomacia, ou a outros campos em que ela tem trabalhado” começou a sua intervenção.
Descrevendo a personalidade e “qualidades da autora”, Maria do Céu Roldão salientou que este “tipo de livros, com todo o louvor que faço à editora, é um tipo de livros difícil de escrever, diria eu. Porque a escolha de 25 heróis, desde logo, é uma escolha sempre muito subjetiva, muito variável, muito aleatória, podiam ser estes ou podiam ser outros, e quais são os critérios para ser estes, ou quais são os critérios para serem outros.
O termo herói e o seu conceito permitem uma certa ambiguidade, porque “há toda uma lógica do endeusamento do herói, por razões que podem até ser opostas. E aqui neste livro, elas aparecem e o herói tem usos sociais e políticos de muitas naturezas, que vão desde o poder ao simbólico para arrastar populações, até à doutrinação, até servirem-nos de exemplo e de exemplo luminoso, que é um pouco o olhar com que a Sofia atravessa estes 25 personagens”, acrescentando que “a primeira reflecção que ela faz sobre esta dificuldade de lidar com o heroísmo, eu gosto de destacar, com as palavras dela, ela diz que o heroísmo na mais pura aceção do termo e esta é uma opção interessante, nasce do movimento daqueles que nunca ambicionaram qualquer gesto heroico.”
A Sofia “é alguém que nos estabeleceu uma ligação riquíssima com este conjunto de figuras e que pode, este livro, com a sua divulgação, servir o propósito de procurar encontrar novas relações com o simbólico. Porque estamos a ser uma sociedade esvaziada de simbólico, não estou a dizer que é pior ou que é melhor, ou que vem ai uma catástrofe, mas o simbólico que os heróis representam e que muitos outros sinais culturais representam, faz falta, é o cimento de uma sociedade. E ela ajudou com este seu magnífico texto escrito, a construir um bocadinho desse mundo em que nós queremos viver e queremos que seja melhor. Obrigada Sofia!” finalizou.
Para a autora “são 25 histórias de vida são, de facto, personalidades com percursos muito díspares, que tem em comum essa capacidade de mudar o mundo, ter mudado o mundo, enfim. Temos os guerreiros, os conquistadores, os estrategas militares, os pensadores, os cientistas, os políticos e acho que essa preocupação de mostrar como um herói pode ser qualquer pessoa, em qualquer área, em qualquer momento, muito com o acaso, como a Céu disse. De facto, eu acho que é inspirador e acho que é importante nesta altura, neste nosso percurso, enquanto humanidade, pensarmos e refletirmos sobre algumas questões que estes heróis ainda nos colocam e que convocam. Claro que é uma lista perfeitamente discutível. São estes 25, poderiam ser outros, muitos ficaram de fora, muitos caberiam também, mas eu julgo que essa diversidade permite que cada um dos leitores descubra algum herói com que se identifique. Algum herói que promova os valores e eu digo isto na introdução do livro, das pessoas que nós pretendemos ser. Porque eu acho que os heróis tem mais a ver com essa construção de nós próprios, do que com aquilo que eles são em si. Portanto, nós procuramos referências.”
Confessando que a pesquisa foi um desafio, Sofia Cochat-Osório afirmou que “aquilo que tentei fazer foi contar histórias, mais do que ser um livro de história, mais do que ser um livro jornalístico, foi o contar estas histórias de vida e contar exatamente os heróis na sua humanidade, os heróis nas suas contradições, os heróis nas suas dúvidas. Muitas vezes o heroísmo hesita o heroísmo, o heroísmo não é uma convicção unívoca, enfim, e sem reservas. Algumas destas personalidades não foi tao fácil de encontrar documentação, não foi tao fácil encontrar documentos que me permitissem, desculpem a imagem, tomar-lhes o pulso, sentir quem eles eram, perceber como é que eles, o que é que os movia.”
Sinopse do livro:
Este é um livro de heróis universais, que se destacaram pela coragem, valentia e força de carácter e que, com os seus feitos, contribuíram para grandes mudanças na humanidade. Foram exploradores, líderes, visionários, que lutaram pela liberdade ou pela conquista de novos mundos. Muitas vezes, correram risco de vida, tendo mesmo, nalguns casos, morrido pelos ideais que defendiam. Dos feitos militares de Ramsés II à luta pela liberdade e justiça de Nelson Mandela, percorremos o tempo e o espaço em busca dos homens que ficaram para a história pelos ideais por que se bateram. Num livro de heróis de todo o mundo, destacamos os portugueses Vasco da Gama, Fernão de Magalhães e Aristides de Sousa Mendes, mas também homens da ciência, como Galileu Galilei ou Charles Darwin. E ainda grandes líderes: George Washington, Napoleão Bonaparte, Simón Bolívar, Abraham Lincoln, Winston Churchill, Mahatma Gandhi. Foi no exemplo pacifista de Gandhi que se inspirou outro dos nossos heróis, Martin Luther King. Redescubra as histórias de ousadia e auto-superação.
Biografia da autora:
Sofia Cochat-Osório nasceu em Luanda, Angola, a 22 de Março de 1976. Licenciou-se em Ciências da Comunicação na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Trabalhou em imprensa e televisão como jornalista, repórter, guionista, editora e coordenadora de conteúdos. Integrada numa missão diplomática, desempenhou funções de assessora de cooperação, no âmbito de uma organização internacional. Gosta de escrever, de contar histórias e de pisar folhas secas.