Luís José de Almeida, Embaixador de carreira, morreu, dia 12 de agosto, em Luanda, aos 87 anos, vítima de doença. A UCCLA apresenta as mais sentidas condolências à família e ao povo de Angola pela perda de uma das grandes figuras da diplomacia angolana e pela personalidade que sempre cooperou muito de perto com a UCCLA.
O diplomata foi um nacionalista que dedicou a sua juventude às causas do país. Teve uma vasta carreira na diplomacia, tendo estado envolvido na abertura histórica das relações diplomáticas entre Angola e países como França, Bélgica, Holanda e Alemanha Federal.
Luís de Almeida foi, igualmente, entre 1993 e 2011, embaixador de Angola em Marrocos. Em setembro de 2011, no final do mandato, foi condecorado, em Rabat, pelo Rei Mohammed VI, com a medalha "Grã-Cruz do Wissam Al Alaoui", a mais alta distinção que o monarca confere a diplomatas em final de missão.
Em agosto do mesmo ano, Luís de Almeida já tinha sido homenageado por diplomatas pelos serviços prestados à comunidade diplomática. O reconhecimento ao então decano do corpo diplomático em Marrocos foi feito durante uma receção oferecida pela representação diplomática do Qatar naquele país.
Natural da Gabela-Amboim, província do Cuanza-Sul, Luís José de Almeida, era formado em Ciências Políticas e Sociologia e fez parte da delegação do MPLA que participou, em setembro de 1961, em Belgrado, da 1.ª Conferência dos Países Não-Alinhados.
Jornalista, Luís de Almeida foi, em 1975, diretor-geral para a Informação no Governo de transição de Angola. Nas vestes de jornalista, criou, em 1975, na Rádio Deusche Welle (Voz d'Alemanha), a Secção para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. Casado e pai de quatro filhos, o diplomata falava fluentemente português, francês, inglês, alemão e espanhol.
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