Morreu Mário Soares

Morreu Mário Soares

A UCCLA, reconhecendo o papel que o Dr. Mário Soares teve na construção do Portugal Moderno, na luta anticolonialista, na criação com o ex-Presidente Sarney do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, em São Luís do Maranhão, no contributo com o Embaixador Aparecido de Oliveira que conduziu à criação da CPLP, e na relação que teve com a própria UCCLA, nomeadamente na inauguração da sede, em 1989, como Presidente da República e na presença do então presidente da Câmara, Kruz Abecassis e de todos os presidentes dos países de língua oficial portuguesa manifesta o seu profundo pesar pelo seu falecimento, possibilitando a todos os colaboradores que o desejassem integrarem nas cerimónias das exéquias. 
 
Regista-se que todos os países de língua oficial portuguesa enviaram representações ao mais alto nível, nomeadamente com a presença dos Presidentes da República do Brasil, Michel Temer, do ex-Presidente José Sarney, dos Presidentes de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, e da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, do presidente da Assembleia Nacional de Angola, Fernando da Piedade Dias dos Santos, entre outros.
 
 
Faleceu, dia 7 de janeiro, Mário Soares, antigo Presidente da República e antigo primeiro-ministro de Portugal. A UCCLA recorda o homem, o político, o líder que marcou a história e manifesta as mais sentidas condolências à família. 
 
De acordo com Vitor Ramalho, Secretário-Geral da UCCLA, em declarações à TVI 24, "Morreu um homem com H grande. Se é certo que D. João II corporizou a ousadia de uma forma corajosa, aquilo que foram os Descobrimentos de Portugal, que deram novos mundos ao mundo e abriram a globalização, Mário Soares foi o homem que encerrou esse ciclo, mas abrindo o país a novos horizontes de democracia, de tolerância e de afirmação de Portugal no mundo”, acrescentando que Portugal perdeu um homem "prático, direto, frontal, tolerante".
 
Mário Alberto Nobre Lopes Soares faleceu no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, com 92 anos. Reconhecido como sendo o principal líder civil do campo da democracia na convulsão dos dias do PREC (Processo Revolucionário Em Curso) e, nestes 42 anos de liberdade no país, foi ministro dos Negócios Estrangeiros (1974-75) e primeiro-ministro por três vezes (1976-77, 1978 e 1983-85) e foi o obreiro da adesão de Portugal à CEE (a União Europeia de hoje) assinada em 1985.
 
Chegou a Presidente da República em 1986, como o primeiro Presidente "de todos os portugueses", como se afirmou nessa noite de 26 de janeiro em que foi eleito (numas eleições que dividiram o país ao meio). O seu primeiro mandato foi de tal modo consensual que seria reeleito com uns estratosféricos 70,35% (quase três milhões e meio de votos, resultado nunca alcançado por outro político em eleições nacionais).
 
 
 

 

 
Publicado em 07-01-2017