Morreu Lúcio Lara

Morreu Lúcio Lara

Morreu em Luanda, Angola, aos 86 anos, Lúcio Lara, um dos históricos do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), dia 27 de fevereiro. A UCCLA presta aqui a sua homenagem a Lúcio Lara e apresenta as mais sentidas condolências à família.
 
Lúcio Lara foi uma personalidade incontornável da Independência de Angola e um grande ativista da Casa dos Estudantes do Império (CEI) - Casa cujos associados a UCCLA homenageou recentemente.
 
Teve papel de grande destaque na luta de libertação anti-colonial e no período pós- independência, durante a presidência de Agostinho Neto. Democrata revolucionário, foi hostilizado por diversos setores conotados com projetos de extrema esquerda em Angola, que o definiam ideologicamente como social-democrata, apesar de ter assumido posições críticas face ao desvio ideológico de direita do MPLA e banalização da corrupção nas esferas do poder, já sob a presidência de José Eduardo dos Santos.
 
 
Cerimónias fúnebres de Lúcio Lara
 
O Secretário-geral da UCCLA, Vitor Ramalho, esteve presente nas cerimónias fúnebres de Lúcio Lara, dia 2 de março, em Luanda, Angola.
 
As cerimónias tiveram início pela manhã na Assembleia Nacional de Angola, com as condolências do Presidente da República, representantes do MPLA, de todo o Governo, seguindo-se as entidades eclesiásticas, partidos políticos, incluindo os partidos amigos, e demais representantes da sociedade civil.
 
O Secretário-geral compareceu às cerimónias fúnebres desde o início, tendo-se deslocado ao Cemitério do Alto das Cruzes pelas 14h30, altura em que ocorreram as intervenções fúnebres de homenagem a Lúcio Lara. 
 
Tomaram a palavra, na cerimónia, o filho de Lúcio Lara, Paulo Lara, um representante dos antigos combatentes e, também, o vice-presidente do MPLA, Roberto Almeida. Todas as intervenções referiram o papel que teve a Casa dos Estudantes do Império na formação política de Lúcio Lara, um facto que muito orgulha a UCCLA por ter reeditado as obras publicadas por esta instituição, até à sua extinção pela ide em 1965.
 
No cemitério estiveram, também, o Presidente da República, o vice-presidente da República, dirigentes partidários e do executivo, bem como representantes de órgãos de países amigos, salientando-se o Presidente de São Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa, e outros altos representantes de países e organismos políticos amigos, desde Cabo Verde, Namíbia, África do Sul, passando, naturalmente, por Portugal – tendo a presença de Vitor Ramalho sido referida nas diversas intervenções públicas.
 
Aproveitando esta deslocação a Luanda, o Secretário-geral da UCCLA teve múltiplos contactos, desde logo com o Governador Higino Carneiro, atual presidente da Comissão Administrativa da cidade de Luanda e com a vice-presidente da Comissão Administrativa da cidade de Luanda, Maria Amélia Rita.
 
 
 
 
 
Publicado em 28-02-2016