Livro “Franco-Atiradores” de Jonuel Gonçalves
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Livro “Franco-Atiradores” de Jonuel Gonçalves
Publicado em 05-11-2021

Ajudar a compreender a história política recente de Angola é o objetivo do livro “Franco-Atiradores - Clandestinidade e informalidade nos combates democráticos em Angola (Abril de 1958 - Abril de 2017)”, a mais recente obra do investigador, escritor e comentador angolano Jonuel Gonçalves. O autor, a partir da sua própria experiência e de testemunhos de outros resistentes, revela arriscadas formas de oposição e de militância e o contributo que deram ao processo de abertura em Angola.

Com a chancela da Guerra e Paz, a obra vem atualizar a obra lançada em 2010, quando o livro narrou vários episódios até 2008.


Sinopse:
Em nome da independência e da democracia em Angola, Jonuel Gonçalves passou por várias estruturas e formas de luta: o movimento independentista, os bastidores da guerrilha, a assunção do poder pelo MPLA, as batalhas da guerra civil. A partir da sua própria experiência e de testemunhos de outros resistentes empenhados nesses combates, revela arriscadas formas de oposição e de militância e o contributo que deram ao processo de abertura em Angola.
Todos os movimentos angolanos criados na segunda metade do século XX tiveram origem em pequenos grupos - às vezes uma célula - clandestinos ou exilados. Três cresceram e criaram grandes estruturas partidárias, tendo surgido dissidências no interior dos mesmos por reivindicações democráticas. Antes e depois da independência, também surgiram grupos informais anónimos, de duração variável e renovação constante. Após os anos 90, a crítica informal manteve-se, com vários riscos mas sem clandestinidade. Este contexto, revelador da dinâmica cívica angolana, é aqui analisado na perspetiva de um franco-atirador, ou seja, de alguém que preserva a liberdade e a independência críticas.

Biografia:
Jonuel (José Manuel) Gonçalves. Lutou pela independência e democratização de Angola, portanto, teve a maior parte da existência dividida entre o combate clandestino e os exílios. Aproveitou estes para, aos solavancos, chegar até ao mestrado. Quando o fim das guerras angolanas do século XX permitiu, fez o doutoramento. A partir daí dedicou-se à docência (agora numa universidade brasileira), a escrever coisas diferentes das que escrevia nos anos de chumbo e a nomadizar entre África, Brasil e Portugal. Publicou livros de não ficção, Franco Atiradores, A Economia ao longo da História de Angola (editados em Angola); e de ficção Café Gelado e Relato de Guerra Extrema (editados em Angola e no Brasil).