O mais recente livro de Jonuel Gonçalves é o romance “E agora quem avança somos nós”, apresentado no início de agosto, baseado em ambientes reais e fatos históricos e onde os personagens se movem entre o Brasil, Angola e Portugal. Trata-se de uma edição conjunta de três editoras.
Três editoras independentes, Panguila - Niterói (Brasil), Elivulu Editora (Angola) e Perfil Criativo – Edições (Portugal) - por iniciativa de angolanos residentes em Niterói no Rio de Janeiro, Luanda e Lisboa - avançaram com uma parceria editorial criando a “Coleção Tricontinental“. O objetivo é partilhar nos três países, Angola, Brasil e Portugal, uma coleção de livros de ficção e não ficção, de autores de língua portuguesa dos três continentes.
O primeiro volume é o livro “E agora quem avança somos nós”, disponível em Lisboa a 5 de agosto, no Rio de Janeiro, a 10 de Agosto e em Luanda depois da eleições.
Com o título “E agora quem avança somos nós” (Ed. 2022), é um romance de Jonuel Gonçalves que esgrima a ideia de que raça é máscara.
(...) sem precisar de raças, pois será avanço longo (...) Derrubar essa bandeira acabando com essa pandemia hiper secular, sem máscara, raça é máscara, máscara o principal, desviou a História para a raça.
Sinopse:
Como se em África não haveria Bahia, nem Brasil como ele é, o livro começa na Ladeira da Barra, Salvador, símbolo poderoso. Romance baseado em ambientes reais e fatos históricos ou atuais também reais, os personagens construídos evoluem entre o Brasil, Angola, Namíbia, Mauritânia e o Algarve português. Se a História entre estes hoje países ou localizações foi dura, os dias de hoje decorrem numa soma de amores e grandes raivas, dois sentimentos inseparáveis neste livro. Uma constante afro-brasileira sem separações identitaristas.
Biografia:
Jonuel (José Manuel) Gonçalves. Lutou pela independência e democratização de Angola, portanto, teve a maior parte da existência dividida entre o combate clandestino e os exílios. Aproveitou estes para, aos solavancos, chegar até ao mestrado. Quando o fim das guerras angolanas do século XX permitiu, fez o doutoramento. A partir daí dedicou-se à docência (agora numa universidade brasileira), a escrever coisas diferentes das que escrevia nos anos de chumbo e a nomadizar entre África, Brasil e Portugal. Publicou livros de não ficção, Franco Atiradores, A Economia ao longo da História de Angola (editados em Angola); e de ficção Café Gelado e Relato de Guerra Extrema (editados em Angola e no Brasil).