Lisboa debateu a internacionalização das economias
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Lisboa debateu a internacionalização das economias
Portugal | Lisboa
Publicado em 04-06-2014
O Centro de Congressos de Lisboa foi o palco escolhido para receber a Conferência “Internacionalização das Economias”, no dia 3 de junho, numa iniciativa da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) e que contou com o apoio institucional da UCCLA (União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa).
 
O evento, que contou com uma participação bastante significativa de empresas e cidades, teve como propósito promover sinergias e unir esforços entre os agentes de mercado dos vários países de língua portuguesa. O Secretário-Geral da UCCLA, Vítor Ramalho, esteve na mesa de abertura do evento.
 
      
 
 
No discurso de abertura, Miguel Frasquilho, presidente da AICEP, realçou a importância da internacionalização das empresas e a aposta em novos mercados como plataforma de crescimento da economia. "Atualmente, o crescimento das empresas passa, necessariamente, pela internacionalização e pela aposta nos mercados em que os seus produtos sejam diferenciadores e valorizados e em que as relações comerciais possam ser estabelecidas sem a existência de barreiras significativas à entrada". 
 
Salientando o português como o idioma mais falado do hemisfério sul, o responsável adiantou que “é a minha convicção que o futuro dos países da lusofonia se encaminha, de forma clara, para uma maior preponderância no panorama económico mundial”.
 
 
“Os Estados membros da CPLP devem procurar, todos eles, uma maior aproximação dos quadros normativos e dos instrumentos legais", disse o responsável da diplomacia portuguesa Rui Machete. Para Rui Machete a CPLP é "um pilar da política externa portuguesa" e salientou que "a língua comum é um veículo de internacionalização das nossas economias, potenciando contactos e negócios".
 
O primeiro painel – “Apresentação e Debate dos Estudos Nacionais”, foi moderado pelo Comendador Rocha de Matos, presidente da Fundação AIP (Associação Industrial Portuguesa) e contou com as intervenções de:
- Mira Amaral (presidente Executivo do Banco BIC Português) - Apresentação sobre Angola. Estudo de suporte;
- Humberto Freire (Administrador Geral do Banco do Brasil em Portugal) - Apresentação sobre o Brasil. Estudo de suporte;
- Francisco Mendes Palma (Diretor do BES) - Apresentação sobre Cabo Verde. Estudo de suporte;
- José Maria Brandão de Brito (Diretor do Millennium BCP) - Apresentação sobre Moçambique. Estudo de suporte;
- Alberto Soares (Diretor Central da Direção Internacional de Negócio da Caixa Geral de Depósitos) - Apresentação sobre São Tomé e Príncipe. Estudo de suporte. Apresentação sobre Timor-Leste. Estudo de suporte;
- Maria Celeste Hagatong (Administradora do Banco BPI) - Apresentação sobre Portugal. Estudo de suporte.
 
 
O tema do segundo painel – “Como reforçar a internacionalização das economias e o relacionamento mútuo” – reuniu oradores, representantes políticos e diplomáticos dos vários países da CPLP. 
 
Artur Santos Silva, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian e moderador deste painel, referiu que “é preciso dar um salto para uma maior intensificação das relações económicas entre os países da CPLP, porque no plano diplomático há muito trabalho que já está feito”.
 
Para Aiuba Cureneia, ministro da Planificação e Desenvolvimento do governo de Moçambique “´é importante que a questão da internacionalização não se limite às grandes empresas, mas também seja um motor para as pequenas empresas. Cabe à CPLP encontrar mecanismos que salvaguardem este princípio”. 
 
Para Hélio Vaz d’ Almeida, ministro do Plano e das Finanças de S. Tomé e Príncipe “seria interessante que fosse criado um fórum de diálogo, de discussão e de partilha de ideias com o objetivo de fomentar a internacionalização e tirar o melhor partido de cada uma das economias da CPLP”.
 
Ricardo Schaefer, vice-ministro do Ministério do Desenvolvimento e Comércio Externo do Brasil, focou a sua intervenção no desenvolvimento da internacionalização da economia brasileira, que em 2012 foi considerada como a sétima maior economia mundial. 
 
Madalena Neves, embaixadora de Cabo Verde em Portugal, deu a conhecer as vantagens competitivas deste país africano para a captação de investimento direto estrangeiro. Assumindo que o turismo é o setor que mais pesa na economia cabo verdiana, Madalena Neves acredita que o país pode oferecer muito mais oportunidades que vão além deste setor. “A localização geo-estratégica de Cabo Verde, a meio caminho de vários continentes e no centro das grandes rotas comerciais é um grande capital que temos de rentabilizar”. 
 
 
O encerramento do evento contou com a presença do ministro da Economia de Portugal, António Pires de Lima.