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Inauguração da exposição “Do Que Permanece - Arte Contemporânea Brasil Portugal” na UCCLA
Publicado em 21-03-2019
A diversidade cultural do Brasil e de Portugal, a memória e a história do que se constrói e que não desaparece, numa multiplicidade de suportes visuais, podem ser visitados na exposição “Do Que Permanece - Arte Contemporânea Brasil Portugal” inaugurada no dia 20 de março, na UCCLA.
Sob a coordenação de Adelaide Ginga (Curadora do Museu de Arte Contemporânea do Chiado) a curadora Carolina Quintela apresenta-nos uma exposição “com especial foco em obras e discursos artísticos de relevância produzidos ou apresentados a partir do ano 2000, e que muito têm contribuído para o bom entendimento e desenvolvimento do valor artístico no panorama da contemporaneidade, esta exposição reúne uma seleção de obras de artistas de nacionalidade brasileira com representação em galerias e em coleções institucionais e privadas em Portugal, assim como de artistas portugueses que no seu percurso tiveram contacto com o Brasil, nomeadamente em residências artísticas”.
Na presença do Embaixador do Brasil em Portugal, Luís Figueiredo, e do representante da Ministra da Cultura e diretor Geral das Artes, Américo Rodrigues, o Secretário-Geral da UCCLA, Vitor Ramalho, afirmou que esta é uma exposição “que procura responder ao conhecimento da memória dos artistas que estão aqui presentes. Da memória, da visão que artistas portugueses têm do Brasil e que artistas brasileiros têm de Portugal, daí o título “Do que permanece”. Porque eu costumo dizer que não há futuro sem memória e, portanto, daquilo que permanece também na memória dos nossos artistas plásticos, nesta exposição, tem a ver com a apreensão que eles fizeram, do caso dois portugueses, do Brasil e a apreensão que os brasileiros fizeram de Portugal”.
Agradecendo o apoio da curadora Carolina Quintela e do contributo de Adelaide Ginga, Vitor Ramalho enalteceu que “esta exposição é tão valiosa que tem duas curadoras”.
Para Carolina Quintela esta exposição “tem como tema o Brasil e por isso foi selecionada uma quantidade de artistas de nacionalidade portuguesa e brasileira. Brasileiros que tem a sua obra representada em galerias e coleções institucionais e privadas em Portugal e também artistas de nacionalidade portuguesa que, de alguma forma, no seu discurso artístico, tenham ligações com o Brasil.”
A partilha de relações, entre os dois países, numa “relação centenária” está subjacente ao título “Do que permanece”, de acordo com a curadora e que traduz o que realmente “fica, aquilo que é importante, aquilo que reside e aquilo que compõe a nossa memória, tanto privada ou individual, como a coletiva. Coletiva, aquela que no fundo abrange todos nós e a individual, obviamente, aquela que é ligada ao armazenamento e à recuperação de memórias, através da lembrança e através das experiências específicas e individuais de cada um. Que são aquelas que compõe, que constroem o discurso artístico de cada um.”
A intenção da curadora nesta mostra é fazer com que o “visitante consiga também sentir essas mesmas facetas sobre o Brasil e sobre estas relações entre os dois países”, daí a divisão da exposição por núcleos: natureza, urbanidade, industrial, político/polémico/histórico e identidade individual.
Américo Rodrigues reforçou que a Direção Geral das Artes “tenta estar muito ativa na promoção da arte contemporânea portuguesa” e que estas exposições com o Brasil e outros países de língua oficial portuguesa traduzem uma “atitude da curadora e da coordenadora da exposição muito positiva e sensata de estabelecer parcerias entre os artistas plásticos contemporâneos portugueses e os do Brasil”.
Para o Embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado é sempre um “prazer poder estar presente na inauguração de uma mostra de arte. E, neste caso, uma mostra que tem a ver com a relação entre Portugal e o Brasil, porque são os olhares de artistas portugueses e de artistas brasileiros. Esses olhares que começam em 1500, essas indas e vindas, porque a nossa relação é sempre feita de portugueses que vão para o Brasil e brasileiros que vem para Portugal e então, essas indas e vindas e esses olhares mútuos, sempre foram extremamente produtivos em termos de arte.”
Após as intervenções, a curadora Carolina Quintela procedeu a uma visita guiada e explicada pelos vários núcleos que compõem a exposição.
A mostra reúne obras dos seguintes artistas brasileiros e portugueses:
Adriano Amaral
Adriano Costa
Alex Flemming
André Cepeda
Bruno Cidra
Ding Musa
Diogo Bolota
Dora Longo Bahia
Efrain Almeida
Gabriela Albergaria
Inês Norton
João Pedro Vale + Nuno Alexandre Ferreira
Luiz Zerbini
Marcelo Cidade
Márcio Vilela
Nelson Leirner
Pedro Neves Marques
Pedro Vaz
Reis Valdrez
Rodrigo Oliveira
Rosana Ricalde
Vik Muniz
A exposição estará patente ao público até ao dia 14 de junho, de 2.ª a 6.ª feira, das 10 às 19 horas (sendo a última entrada às 18h30). A entrada é livre.
Morada:
Avenida da Índia, n.º 110 (entre a Cordoaria Nacional e o Museu Nacional dos Coches), em Lisboa
Autocarros: 714, 727 e 751 - Altinho, e 728 e 729 - Belém
Comboio: Estação de Belém
Elétrico: 15E - Altinho
Coordenadas GPS: 38°41’46.9″N 9°11’52.4″W