Huambo e o desafio da capital ecológica

Huambo e o desafio da capital ecológica

A conquista do título de capital ecológica do país tem mobilizado esforços do Governo da província do Huambo (Membro Associado da UCCLA), em Angola, e parceiros sociais, que têm realizado programas e aplicados recursos para a proteção do ecossistema e devolver o verde ao Planalto Central.
 
A tarefa, aplaudida por ambientalistas, iniciou pela recuperação de várias infraestruturas e a manutenção dos espaços verdes que tornam a cidade do Huambo mais acolhedora e confortável para os residentes e visitantes.
 
A batalha pela manutenção do equilíbrio do Ambiente arrancou com a reabilitação da estufa-fria, noutros tempos considerada um cartão de visita da urbe e recinto saudável de lazer e convívio, porque a  sua vegetação possui uma  grande variedade de espécies, constituindo-se num laboratório vivo e numa oportunidade para contemplar e aproximar as pessoas à Natureza, permitindo refletir sobre a diversidade vegetal que os cerca.
 
De acordo com Sofia Santana António, técnica do Departamento do Ambiente, da Direcção do Ordenamento do Território, Urbanismo e Ambiente, na província do Huambo, a empreitada vai já na sua terceira fase, que compreende a vedação do perímetro da estufa, uma inovação, já que ela sempre foi aberta.
 
A responsável afirmou que o plano de vedação tem como objetivo a proteção do local e das espécies, bem como o controlo dos utilizadores. Esta fase prevê, também, a construção de pequenos arruamentos para os pedestres.
 
Para devolver a beleza ao local, os trabalhados seguintes serão paisagísticos, consubstanciados na colocação do mobiliário urbano, colocação de lancis, plantação de jardins, entre outros, que visam tornar o local mais turístico e com um ambiente saudável.
 
Outro investimento pilar para a conservação da biodiversidade tem a ver com a reabilitação do jardim zoológico, um empreendimento turístico ambiental, destruído em 1990, durante o conflito armado, que terá um parque urbano de lazer, com infraestruturas que proporcionarão diversos serviços, entre os quais de restauração aos cidadãos que visitarem o local.
 
A chefe do departamento provincial do Ambiente, Susana Capitia, salientou que o governo aplicou, na requalificação do jardim zoológico do Huambo, o único do país, 300 milhões de Kwanzas, somente para esta fase inicial, sublinhando que a etapa derradeira da requalificação compreenderá os arruamentos, passeios e espaços verdes que vão tornar a zona melhor do que era antes.
 
Serão ainda construídos, no local, lojas, restaurantes, balneários públicos, parque de estacionamento e demais empreendimentos, que visam proporcionar maior comodidade aos cidadãos que se deslocarem ao jardim.
 
 
 
 
Publicado em 02-10-2015