O governo moçambicano vai investir cerca de 71 milhões de dólares norte-americanos para as obras de intervenção no rio Chiveve, localizado no centro da cidade da Beira (Membro Associado da UCCLA), em Moçambique, assim como para a restauração dos principais canais de drenagem de águas pluviais daquela urbe.
 

Este investimento poderá colmatar as inundações cíclicas causadas pelas chuvas e/ou pelo mar, nos períodos de maré alta.

 

O rio Chiveve é uma espécie de coração e pulmão da cidade da Beira. Aliás, a história do surgimento daquela cidade e do desenvolvimento socioeconómico da Beira está ligada ao rio em causa, que, entretanto, nos últimos anos foi sendo barrado devido a construções desordenadas.

 

Olinda Sousa, directora da Administração de Infraestruturas de Água e Saneamento, no Ministério das Obras Públicas, diz que o projeto de intervenção representa uma enorme oportunidade para a movimentação das águas pluviais, pois as obras visam essencialmente reabrir o canal, restaurar o sistema natural de drenagem e melhorar as condições de funcionamento hidráulicas.

 

Dos cerca de 71 milhões de dólares norte-americanos, 16 milhões serão para intervenções no rio Chiveve e os restantes 55 para a restauração dos canais das águas pluviais. As obras deverão arrancar no primeiro trimestre de 2015.

 

Ainda sobre a reabilitação do rio Chiveve, até meados do próximo ano, poderá arrancar um outro projecto, denominado “infra-estruturas verdes do Chiveve”, avaliado em cerca de 16 milhões de dólares norte-americanos. De acordo com Daviz Simango, edil da Beira, o que se pretende com este projeto é evitar incidentes que podem levar à morte de pessoas que frequentam as margens do rio Chiveve.