Gastronomia, arte, música, dança, literatura, exposições, conferências e muito mais dos países de língua portuguesa são os ingredientes do Festival da Lusofonia de Lisboa, que decorrerá de 20 a 25 de maio, com o propósito de valorizar a multiculturalidade da cidade.

O Festival foi apresentado em conferência de imprensa, no dia 6 de maio, na sede da UCCLA, uma das entidades organizadoras, a par da Câmara Municipal de Lisboa e da Conexão Lusófona, que promovem pela primeira vez este grande evento lusófono. A apresentação foi feita pelo vereador Carlos Manuel Castro, responsável das Relações Internacionais da Câmara Municipal de Lisboa, Vitor Ramalho, Secretário-Geral da UCCLA, e Helderyse Rendall, da área da comunicação da Conexão Lusófona.

Este Festival ainda “embrionário”, nas palavras de Vitor Ramalho, só foi possível devido à colaboração das 16 associações de imigrados em Lisboa, que irão promover múltiplos eventos, em vários locais da cidade.

O Secretário-Geral agradeceu a presença dos 15 diretores de jornais dos países de língua portuguesa – que vieram a Lisboa no âmbito das comemorações dos 800 Anos da Língua Portuguesa – assim como dos pintores e escultores do Brasil, de Itália e de Portugal – que estavam presentes para a inauguração da Exposição de Arte Internacional, após a conferência de imprensa.

O responsável realçou o encerramento, no dia 25 de maio, da homenagem à Casa dos Estudantes do Império, na Fundação Calouste Gulbenkian, bem como à exposição, que será inaugurada no dia 21 de maio, na Câmara Municipal de Lisboa, que é o “espólio da Casa dos Estudantes do Império, que é vasto, com fotografias e escritos desses jovens, que é uma riqueza única. De facto, não há outra singularidade no mundo como esta”.

O vereador Carlos Manuel Castro defendeu o trabalho interno que o Município de Lisboa tem levado a cabo, de promoção da cidade e do empenho na realização deste Festival da Lusofonia. Para o responsável foram “identificados parceiros estratégicos que, até agora não tinham sido considerados, mas que são fundamentais e que são parte viva da cidade, que são as associações, sobretudo, de imigrados”, adiantando as reuniões tidas com mais de 20 associações representativas do espaço lusófono – traduzindo-se num “casamento bastante feliz” entre a Câmara de Lisboa, UCCLA e Conexão Lusófona.

Para o vereador, estas associações, sendo parte ativa da sociedade, apenas precisam de serem dadas a conhecer. Realçando que a “lusofonia não se afirma apenas dentro dos nossos países, mas também, fruto de contactos com associações de imigrantes de qualquer um dos nossos países”, foi possível envolver organizações de lusófonos de outros países que não fazem parte da lusofonia, dando como exemplo a França.

Os cinco dias de Festival constituirão uma “conjunção de várias iniciativas, que abrangem vários públicos, e que vão permitir dar uma pequena mostra daquilo que é a dimensão lusófona”, acrescentando que “a alma deste projeto é a sociedade civil lusófona que existe em Lisboa e no mundo”. A terminar, Carlos Manuel Castro realçou que este ano se assinala os 40 anos das independências das antigas colónias, que são o marco da “história que nos une e nos projeta para o futuro”.

Para Helderyse Rendall, da Conexão Lusófona, o objetivo deste Festival é que as “associações abram as suas portas umas às outras, promovam atividades em parceria, ao mesmo tempo que promovam a cidade de Lisboa, como uma cidade multicultural, de encontro de jovens e não jovens lusófonos”.

Helderyse Rendall salientou duas iniciativas que decorrerão no Festival, como o Dia de África (a 25 de maio) que será celebrado a 23 de maio, com desfiles de moda, música e muita animação, assim como a Mostra dos Patrimónios Imateriais da UNESCO dos países de língua portuguesa, no dia 21 de maio, numa iniciativa conjunta com a Casa do Alentejo.


O Festival da Lusofonia de Lisboa terminará, no dia 25 de maio, pelas 16h30, com a sessão de encerramento da homenagem à Casa dos Estudantes do Império, que a UCCLA irá promover na Fundação Calouste Gulbenkian, e que contará com a presença dos antigos associados que exerceram funções de Presidente da República ou Primeiro-Ministro, como Fernando França Van Dúnem (Angola), Joaquim Chissano (Moçambique), Jorge Sampaio (Portugal), Mário Machungo (Moçambique), Miguel Trovoada (São Tomé e Príncipe), Pascoal Mocumbi (Moçambique) e Pedro Pires (Cabo Verde).

O Festival da Lusofonia terá o seu arranque a 20 de maio, assinalando o Dia da Restauração da Independência de Timor-Leste e terminará, dia 25 de maio, comemorando o Dia de África.


O programa é vasto e promete animar a cidade. Consulte aqui