Decorreu no dia 16 de setembro o encerramento da exposição “Olhares da Guinendade - Artes da Guiné-Bissau” - patente na UCCLA desde 23 de junho - com um grande desfile de moda, pela marca internacional Queen Titine, inspirado na Panaria Africana.
Ao longo de 12 semanas, e no âmbito da exposição, promovemos diversas iniciativas que levassem ao conhecimento da história, da cultura, da arte e dos múltiplos saberes da Guiné-Bissau - como lançamentos de livros, debates/palestras, filme, visitas guiadas à exposição e desfile de moda.
A exposição “Olhares da Guinendade - Artes da Guiné-Bissau” terminou com chave de ouro. Na ocasião, o Secretário-geral da UCCLA, Vitor Ramalho, agradeceu aos curadores Manuela Jardim e Tony Tcheka, presentes, pela empenho e trabalho dados a esta mostra que só foi possível “mercê do contributo” de diversas pessoas. O responsável considera esta exposição “excecional, relativamente à transmissão daquilo que é a cultura de um povo que eu tenho uma simpatia especial pela doçura, pelas relações de proximidade connosco. Sempre que vou à Guiné, reconheço estas qualidades invulgares no povo da Guiné-Bissau e esta exposição trata exatamente disto, a qualidade invulgar destes artistas e é um testemunho vivo daquilo que é de fato a Guiné-Bissau”.
“Agradeço à UCCLA pelo desafio que nos foi feito de lançar uma exposição sobre as artes da Guiné-Bissau. Eu, sinceramente, balancei, hesitei, recuei” mas perante as insistências “acabei por aceitar” e formou uma equipa, afirmou Tony Tcheka. Enaltecendo o apoio “da menina de Bolama (Manuela Jardim) que através das artes está a conhecer agora a terra que nunca conheceu e nasceu”, agradeceu também o contributo dos “artistas que aqui expuseram os seus quadros”. Terminou na esperança de ter dado “esta contribuição para apresentar uma Guiné-Bissau positiva, uma Guiné-Bissau diferente, virada para a cultura, virada para a construção, uma Guiné-Bissau que é colocada no palanque da sabedoria, do conhecimento, da fraternidade e do saber estar. A nossa intenção foi única. Trazer uma Guiné-Bissau diferente, num tempo não muito bom, mas trazê-la e pô-la de pé e deixar que cada um tivesse a sua leitura e saboreasse também um bocado do nosso humano, do nosso catchu”.
Elencamos, de seguida, as diversas iniciativas que decorreram no âmbito da exposição:
23 de julho - Visita guiada pelo curador Tony Tcheka
23 de julho - Palestra “Falas di Panus di Pinti - Vozes dos panos: uso e simbolismo” pela Professora Odete Semedo - Deputada, escritora, poeta e especialista da Panaria Guineense
30 de julho - Lançamento do livro “Pedaço Teu - Musa e Pátria Minha” de Emílio Lima
13 de agosto - Apresentação e debate da obra “Matchundadi: Género, Performance e Violência Política na Guiné-Bissau” de Joacine Katar Moreira
20 de agosto - Visita guiada pelo curador Tony Tcheka
20 de agosto - Transmissão e debate em torno filme “NTURUDU - Um Carnaval sem máscara”
7 de setembro - Lançamento do livro “A cidade que tudo devorou” de Amadu Dafe
10 de setembro - Visita guiada pelo curador Tony Tcheka
10 de setembro - Apresentação do livro de Helena Neves Abrahamsson
16 de setembro - Desfile de moda pela marca internacional Queen Titine
Todas as informações sobre a exposição “Olhares da Guinendade - Artes da Guiné-Bissau”