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Edifício da Liga Nacional Africana elevado a Património Histórico-Cultural de Angola
Angola
| Luanda
Publicado em 18-05-2017
O histórico edifício da Liga Nacional Africana, em Luanda, passou este mês a ser classificado como Património Histórico-Cultural de Angola, conforme decisão do Ministério da Cultura.
Em causa está o edifício utilizado como sede da atual Liga Africana, organização centenária da sociedade civil angolana constituída em 1996 como sucessora da Liga Angolana e da Liga Nacional Africana, instituídas, respetivamente, em 1912 e 1930.
No decreto executivo de classificação assinado pela ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, datado de 5 de maio, são sublinhadas as caraterísticas do edifício incorporadas na arquitetura moderna, da primeira metade do século XX, tendo sido de «especial relevância a sua função», como um dos «principais palcos das atividades enquadradas no esforço de libertação do país do jugo colonial».
A direção da atual Liga Africana aprovou, em 2016, a proposta de candidatura do edifício a Património Histórico-Cultural de Angola, agora aprovada, recordando que a instituição, nas funções que teve ao longo do período colonial, desempenhou «um importante papel na formação e acolhimento dos mais célebres nacionalistas e na promoção de ideais independentistas até 1975».
Além deste edifico emblemático do centro de Luanda, a mesma classificação foi atribuída à Igreja da Missão Católica de Camabatela, em Ambaca, província do Cuanza Norte.
Um outro decreto, igualmente assinado pela ministra Carolina Cerqueira, eleva a Património Histórico-Cultural a Igreja da Sagrada Família, construída na cidade do Sumbe, na província do Cuanza Sul, no final do século XIX.
Já o denominado «aglomerado de rochas» de Mbanza de Pungo Andongo, que foi um dos mais importantes mercados do antigo reino de Ndongo, entre os séculos IX e XIV, em Cacuso, província de Malanje, também ostenta, agora, o título de Património Histórico-Cultural.
Angola conta com 265 monumentos e sítios classificados, e mais de 2000 áreas inventariadas, mas muitas estão em avançado estado de degradação, admitiu, a 18 de abril, a ministra da Cultura.