Conferência Internacional "10 anos do Fórum de Macau: Desafios e oportunidades para a Lusofonia"
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Conferência Internacional "10 anos do Fórum de Macau: Desafios e oportunidades para a Lusofonia"
Publicado em 16-12-2013
“As Potencialidades das Economias Lusófonas e a China” foi o tema abordado pelo Secretário-Geral da UCCLA, Vitor Ramalho, no dia 16 de dezembro, no âmbito da Conferência Internacional "10 anos do Fórum de Macau: Desafios e oportunidades para a Lusofonia", organizada pelo Observatório da China, Direção Geral das Atividades Económicas do Ministério da Economia e Delegação Económica e Comercial de Macau.
 
      
 
 
Num debate moderado por Gabriela César (Adjunta do Chefe da Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa), Vitor Ramalho começou por discorrer sobre as “mudanças vertiginosas ocorridas à escala mundial” até aos dias de hoje. O apartheid, a institucionalização da Organização Mundial do Comércio, a criação de espaços económicos supranacionais, o MERCOSUL, a União Europeia, a erupção de países emergentes, etc conduziram à chamada globalização, com consequências a nível político, económico e social.
 
De acordo com o Secretário-Geral da UCCLA, ocorreram ruturas com o “velho mundo”, levando à reformulação de novas fronteiras. Neste novo mundo, “que está em gestação”, o espaço dos países lusófonos não pode deixar de ser estrategicamente considerado como um todo, disperso pelos diferentes continentes. 
 
Assim, e de acordo com o responsável, apenas há uma única entidade supranacional que inclui os países da mesma fala comum, a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). Para Vitor Ramalho, a história é feita numa “lógica de afetos” e essa instância internacional, que apresenta especificidades comuns, evidentes e únicas, é uma comunidade de afetos e interesses comuns aos países da mesma fala. 
 
A língua portuguesa tem, hoje, um valor económico fundamental para o desenvolvimento, sendo a sexta língua mais falada do mundo. Vitor Ramalho concluiu afirmando que “não é possível o ser humano funcionar, exclusivamente, com a razão. Nós temos alma. Temos uma dimensão outra do mundo”.
 
 
Este painel sobre “As Potencialidades Económicas e Comerciais do Fórum Macau”, onde participou o Secretário-Geral da UCCLA, contou, ainda, com as comunicações de Artur Lami (Diretor-Geral das Atividades Económicas do Ministério da Economia) e de Daniella Xavier (Chefe do setor Comercial da Embaixada do Brasil).