Conferência de imprensa sobre o encerramento do programa de Segurança Urbana

Conferência de imprensa sobre o encerramento do programa de Segurança Urbana

Decorreu no Hotel Oasis, na cidade da Praia, a conferência de imprensa de apresentação dos resultados do Projeto de cooperação técnica em Segurança Urbana, proposto pela UCCLA em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e Câmara Municipal da Praia e subsidiado pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua.
 
    
 
A conferência, realizada no dia 1 de fevereiro, contou com a presença do Secretário-geral da UCCLA, Vitor Ramalho, do vereador da Segurança, Proteção Civil, Relações Internacionais e Mobilidade de Proximidade da Camara Municipal de Lisboa, Carlos Manuel Castro, do Comandante da Policia Municipal de Lisboa, Paulo Caldas, do vereador da Cultura, Desporto, Educação, Formação Profissional e Segurança da Camara Municipal da Praia, António Lopes da Silva, e do Comandante da Guarda Municipal da Praia, José Mendonça.
 
Vitor Ramalho fez a apresentação do projeto “mercê de uma colaboração direta entre a Câmara Municipal de Lisboa e Câmara da Praia” sendo “indispensável a presença da Polícia Municipal de Lisboa”.
 
Dando conta da preocupação existente na cidade da Praia, “uma cidade que infelizmente tem tido índices de assaltos extremamente elevados e que, por vezes, ultrapassa as questões do narcotráfico”, António Lopes da Silva destacou o esforço da autarquia na requalificação urbana “para apoiar a questão da segurança urbana” e na necessidade de “investimento forte a nível de infraestruturas desportivas e culturais para os jovens” – dando, como exemplo, o aumento de 4 para 20 polidesportivos e o aumento de campos relvados sintéticos de 2 para 13 (de 2008 até ao momento).
 
António Lopes da Silva adiantou que “uma das recomendações a nível nacional e que ainda não conseguimos cumprir tem a ver com dois aspetos fundamentais: a criação de uma Polícia Municipal e a implementação da videovigilância”.
 
Reconhecendo como positivo o trabalho desenvolvido no âmbito do projeto, o autarca defendeu uma maior coordenação e a implementação de um “projeto de policiamento de proximidade, pois essa é a essência da formação dada”, acrescentando que “não é importante ter mais e mais polícias, não é reprimir a todo o custo, é importante termos uma interligação com a comunidade e com as pessoas, para minimizar a problemática da segurança”, acrescentando que é muito positiva a parceria iniciada com a UCCLA. 
 
Fazendo o balanço dos dois meses e meio de formação, o autarca da Praia adiantou que tem 37 agentes no terreno e 30 agentes a fazer estágio. A zona do Castelão constituiu a primeira prioridade de implementação do projeto, por se tratar de um bairro bastante problemático.
 
Para Carlos Manuel Castro “este projeto superou todos os objetivos que tínhamos inicialmente previstos”. Fazendo uma retrospetiva da criação deste projeto, o autarca de Lisboa salientou que o “pacote de segurança urbana engloba três pilares fundamentais: Polícia Municipal, Bombeiros e Proteção Civil”. 
 
Numa 1.ª fase a implementação do modelo de policiamento comunitário – implementado pela Polícia Municipal de Lisboa e um dos melhores projetos de segurança a nível europeu – onde o polícia é um “agente social, interventor em toda a comunidade, facilitando os elos de ligação social ao mesmo tempo que baixa a tensão existente nos vários tipos de bairros”. Numa 2.ª fase com a “vinda de uma técnica e dois agentes da Polícia Municipal de Lisboa para transmissão de metodologias, com uma parte teórica e outra prática”.
 
Para Carlos Manuel Castro o sucesso do projeto passa pelo “mapeamento bem definido”, articulação e complementaridade do trabalho onde “as questões que respeitam à ordem pública são única e exclusivamente da dependência da Polícia Nacional, mas há todo um outro campo, nomeadamente da fiscalização, das condições de bem-estar que são muito mais preocupações da Guarda Municipal”.
 
Com uma maior complementaridade do trabalho, metodologia desenvolvida, intervenções bem estruturadas vamos “preparar a 3.ª fase, que é a implementação do projeto”.
 
Carlos Castro relembrou a atribuição de material e de equipamento aos Bombeiros da Praia, no dia anterior, como capacetes, luvas e cógulas (gorros de proteção para incêndios) e, no futuro, de sacos cama e viaturas.
 
A implementação deste projeto de segurança urbana será desenvolvida nas cidades de Água Grande, em São Tomé e Príncipe, e em Maputo, Moçambique, acrescentou o autarca.
 
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Publicado em 02-02-2016