Comemorações dos 44 anos da Independência da Guiné-Bissau assinalados na UCCLA
Imagem
Comemorações dos 44 anos da Independência da Guiné-Bissau assinalados na UCCLA
Publicado em 25-09-2017
A UCCLA foi o palco das comemorações dos 44 anos da Independência da Guiné-Bissau, nos dias 23 e 24 de setembro, num fim de semana de histórias, memórias, culturas, cores, danças e músicas.
 
Uma exposição etnográfica com os estilistas José Carlos Baldé e Celestino Silva foi inaugurada, dia 23 de setembro, pelo Secretário-Geral da UCCLA, Vitor Ramalho, vereador das Relações Internacionais da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Manuel Castro, e pelo presidente da Federação das Associações Guineenses em Portugal, Augusto Mansoa.
 
    
    
 
Na ocasião, Vítor Ramalho manifestou a satisfação de a UCCLA acolher a exposição e as diversas iniciativas no âmbito das comemorações.
 
Para o vereador Carlos Manuel Castro assinalar estas comemorações na UCCLA e em Lisboa tem uma dupla importância: promoção da identidade cultural da Guiné-Bissau e valorização da dimensão cosmopolita de Lisboa.
 
O valor que “temos no investimento da língua” como fator de desenvolvimento foi um dos aspetos salientados pelo autarca, numa altura em que o português ocupa a terceira posição como língua mais divulgada e falada, implicando competitividade, tecnologia e inovação.
 
44 anos é um marco importante e histórico e, em conjunto, “entraremos numa nova etapa”, acrescentando que a história da “Guiné-Bissau é a que é e com momentos destes marcaremos, ainda mais, a presença do país na cidade” de Lisboa.
 
A Guiné-Bissau tem um “papel importante a nível nacional e a nível da CPLP” e deveremos “aproveitar e abraçar este momento” afirmou Augusto Mansoa. A mostra inaugurada é um “sinal do que conseguimos fazer, pois estamos a contribuir para o desenvolvimento do nosso país” finalizou.
 
 
 
Seminário sobre o Papel da Diáspora Guineense no Desenvolvimento do País
 
O Seminário subordinado ao tema "O Papel da Diáspora Guineense no Desenvolvimento do País" contou com a moderação de Ednilson dos Santos.
 
    
 
A abertura do seminário coube a Vitor Ramalho que enalteceu a realização nas comemorações na UCCLA. “Espero que a Guiné-Bissau encontre os caminhos da estabilidade” referiu.
 
Para Carlos Manuel Castro a Guiné-Bissau é, muitas vezes, notícia quando há “instabilidade e tragédia, infelizmente”, mas é fundamental quando existem “questões positivas” e teremos que “valorizá-las e apontá-las”, apelando a que o caminho seja feito em conjunto.
 
A “história da Guiné-Bissau existe e esta data é um marco que não pode ser apagado” afirmou Augusto Mansoa, reforçando a ideia de que “só em conjunto poderemos fazer um bom caminho”.
 
Após a abertura do seminário, seguiram-se as intervenções de Celeste Quintino, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas/Centro de Estudos Africanos, Romualda Nunes Fernandes, Jurista, e Amélia Costa Injai, Empresária. A mesa teve a moderação de Ednilson dos Santos e João Conduto.
 
    
 
Celeste Quintino falou do olhar nacionalista de longa distância e dos migrantes.
 
Romualda Nunes Fernandes deu nota da integração na diáspora, que dividiu em três etapas: antes de 1974, a partir da década de 80/90 e a partir de 2000, com o associativismo – destacando o papel desempenhado pela Associação Guineense para a Solidariedade Social. Lançou, também, o desafio de a nova geração assumir o papel para o desenvolvimento do país.
 
A existência de uma articulação e partilha em torno da estabilidade política, como forma de contributo para o desenvolvimento do país, foram os desafios lançados por Amélia Costa Injai.
 
De seguida houve espaço para debate, que recaiu em temas como: o direito de voto dos emigrantes na Guiné-Bissau, a administração pública, reformas do estado, princípios cívicos, contributos para o desenvolvimento do país, entre outros.
 
O encerramento do Seminário esteve a cargo do vice-presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Agricultura Portugal/Guiné-Bissau, Mário Almeida, do presidente da Federação das Associações Guineenses em Portugal, Augusto Mansoa.
 
 
A atuação musical de Guto Pires e Bubacar Djamanca abrilhantaram as comemorações.