O ministro da Saúde da Guiné-Bissau, António Deuna, anunciou que as cirurgias vão deixar de ser cobradas no hospital nacional Simão Mendes, salientando que as pessoas não podem morrer por não terem dinheiro.
“Quem precisar de uma operação tem de ser imediatamente operado” disse.
António Deuna fez o anúncio à margem da visita do primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian, ao hospital, onde entregou três viaturas e inaugurou o “Armário dos Medicamentos Essenciais” para os Serviços de Urgência.
Até aqui, os serviços de saúde pública na Guiné-Bissau não eram gratuitos e os utentes precisavam pagar todo o material médico e medicamentos utilizados no seu tratamento.
Um relatório divulgado em maio pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) indicava que a Guiné-Bissau tem o segundo sistema de saúde mais frágil do mundo, a seguir à Somália.
Em reação a várias situações que o hospital enfrenta, o chefe do governo insurgiu-se contra o estado de degradação e de falta de limpeza do Hospital Nacional Simão Mendes, em Bissau, e disse que quem roubar medicamento ou algum equipamento hospitalar vai parar à prisão.
“O Governo vai fazer de tudo para trabalhar com transparência a gestão dos bens públicos. Vamos trabalhar num outro contexto e responsabilidade. Quem não tiver tempo, que vá procurar outro negócio”, disse.
Nuno Nabian disse também que todos têm de ser responsáveis pela manutenção do hospital. “Todos têm de colaborar” manifestando o seu descontentamento com a maior parte dos serviços do hospital.
O primeiro-ministro afirmou que é também preciso construir um novo hospital de referência no país, “moderno e com todas as valências”, salientando que as prioridades do seu Governo são a saúde e a educação.
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Foto: DW