Cabo Verde e Portugal subscreveram, dia 24 de janeiro, uma candidatura às Nações Unidas para apoiar o projeto de formação profissional anunciado há mês e meio, orçado em quatro milhões de euros, a dois anos, para abranger 2.000 pessoas.
“Portugal e Cabo Verde candidatam-se ao acelerador global das Nações Unidas, a caminho da cimeira social a realizar em 2025, com um projeto exemplar do ponto de vista de cooperação”, referiu a ministra do trabalho portuguesa, Ana Mendes Godinho.
A iniciativa é dirigida pela ONU a ações de cooperação “para responder aos grandes desafios”, no caso, “mobilidade de trabalhadores, migrações, formação e desenvolvimento”.
A qualificação anunciada vai abordar áreas “essenciais para Cabo Verde e para Portugal”, partindo da base apresentada pelo arquipélago, formando capital humano para o país, mas que também possa casar com interesses de empresas portuguesas.
O projeto abrange as energias renováveis, economia digital, áreas sociais, turismo, metalomecânica, mecatrónica e construção civil, entre outras, afirmou o vice-primeiro-ministro de Cabo Verde, Olavo Correia, após a assinatura. O objetivo de Cabo Verde “não é só formar”, mas também “garantir a promoção do empreendedorismo”, pelo que deve haver incentivos financeiros após a formação, “para que os jovens possam iniciar a sua vida profissional”.
O Governo de Cabo Verde tem ainda a ambição de que o projeto com Portugal (e agora candidatado a apoios da ONU) ajude a fazer do arquipélago “um centro de formação para a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP)”, referiu Olavo Correia.
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