

O município de Cascais (Membro Associado da UCCLA), em Portugal, deu no dia 3 de março, um passo decisivo rumo a um futuro mais sustentável, com a apresentação do Plano de Renaturalização Urbana, uma estratégia de longo prazo que visa expandir a estrutura ecológica do concelho, para além das zonas de proteção especial.
A iniciativa, promovida pelo Município de Cascais, aposta na criação de corredores ecológicos que ligam espaços verdes, promovendo a biodiversidade e tornando a cidade mais resiliente às alterações climáticas.
“Estamos a criar condições que contribuam para uma melhor qualidade de vida da população”, referiu Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais. “Este esforço está a ser realizado de uma forma consistente, desde há vários anos. Além daquilo que se vê na área terrestre, estamos também a promover o crescimento das florestas marinhas”, acrescentou o autarca cascalense, lembrando ainda que “a requalificação das ribeiras do concelho tem, igualmente, permitido a criação de espaços verdes para utilização da população.”
O Plano de Renaturalização Urbana de Cascais prevê que, nos próximos cinco anos, sejam plantadas mais de 164 mil árvores e arbustos, reforçando a cobertura vegetal em áreas urbanas e rurais. No perímetro urbano serão plantadas 2.800 árvores de arruamento e espaços verdes. Já o Parque Natural Sintra-Cascais vai receber 160.600 exemplares arbóreos, dos quais mais de 109.860 estarão afetas ao projeto LIFE ResLand, promovido pela mesma autarquia e que recebe o cofinanciamento da Comissão Europeia.
Ao devolver uma cobertura verde significativa ao concelho, Cascais pretende não só melhorar a qualidade do ar, mas também mitigar os efeitos das alterações climáticas, reduzindo as temperaturas médias no verão, aumentando a retenção de humidade no solo e capturando CO₂. Esta estratégia reforça o compromisso da cidade com um desenvolvimento sustentável e a preservação do seu património natural, garantindo um ambiente mais saudável para as gerações futuras.
A arborização do concelho desempenhará um papel fundamental na regulação da temperatura local, criando áreas de sombra e reduzindo o efeito de ilha de calor nas zonas urbanas. Para além do impacto térmico, as árvores contribuirão significativamente para a diminuição do ruído, melhorando o conforto acústico em áreas residenciais e de elevada circulação. Outro benefício relevante será o reforço da privacidade das habitações, com a vegetação a atuar como barreira natural, proporcionando maior sensação de segurança e bem-estar aos residentes. Além disso, o plano prevê melhorias na gestão do tráfego de veículos e peões, promovendo uma circulação mais fluida e segura, tornando os espaços urbanos mais agradáveis e acessíveis para todos. Para além dos seus benefícios ambientais, esta estratégia de renaturalização urbana é um investimento essencial na qualidade de vida e no bem-estar da população.
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