No âmbito do projeto “Reforço da Governação Urbana, Inclusão social e Promoção do Empreendedorismo em Díli, Timor-Leste”, foi apresentado, no dia 27 de junho, ao presidente e dirigentes da Autoridade Municipal de Díli, assim como a outros representantes e à gestora de programas da delegação da União Europeia em Timor-Leste, o estudo prévio para a criação do Jardim do Memorial do Massacre de Santa Cruz na cidade de Díli.

A apresentação esteve a cargo do gabinete de arquitetos Gonçalo Lencastre, prevendo-se que a obra venha a decorrer entre o último trimestre do presente ano e o primeiro trimestre de 2025, com uma duração aproximada de cinco meses.

Esta iniciativa, que simultaneamente se pode considerar como um projeto piloto de boas práticas de intervenção urbana, destina-se a criar um espaço de memória e homenagem, de cariz nacional, ao triste acontecimento de 12 de novembro de 1991 durante o processo de restituição da independência de Timor-Leste. Nesse fatídico dia, militares indonésios desencadearam um ataque ao cemitério de Santa Cruz onde se haviam reunido milhares de timorenses, em particular jovens, para a celebração de uma missa em memória do jovem Sebastião Rangel da Resistência Nacional de Estudantes de Timor-Leste. Em resultado desta ação, centenas de jovens foram mortos e ficaram feridos, numa barbárie sem precedentes cujas cenas, filmadas pelo jornalista britânico Max Stahl, circularam pelas televisões de todo o mundo e voltaram a colocar o caso de Timor-Leste nas agendas diplomáticas, culminando com um referendo e a declaração oficial da restituição da independência em 2002.

O projeto “Reforço da Governação Urbana, Inclusão social e Promoção do Empreendedorismo em Díli, Timor-Leste” é executado pela UCCLA, Autoridade Municipal de Díli e Câmara Municipal de Lisboa, com o apoio financeiro da União Europeia e da Autoridade Municipal de Díli.

Estudo Prévio para o Jardim do Memorial do Massacre de Santa Cruz