O antigo primeiro-ministro português António Guterres tomou posse, dia 18 de junho, para um segundo mandato como Secretário-geral da Organização das Nações Unidas. A recondução no cargo será por mais 5 anos.

O segundo mandato de António Guterres arranca com desafios acrescidos em relação ao mundo que existia em fevereiro de 2016, quando o antigo primeiro-ministro português submeteu a sua candidatura a secretário-geral da ONU - um cargo descrito no Artigo 97 da Carta das Nações Unidas como o “chefe administrativo” da organização, e que tem mais olhos postos em si do que poder efetivo para impedir massacres e genocídios.

O próprio secretário-geral sublinhou a importância do seu segundo mandato, numa época que descreveu, no discurso de tomada de posse, como “um momento crítico na História” que deixou o mundo “à beira de uma nova era”.

“Não pode haver dúvidas de que estamos numa encruzilhada, e que temos, perante nós, escolhas com consequências. Os paradigmas estão a mudar. Velhas ortodoxias estão a ser invertidas”, disse Guterres, apontando duas saídas possíveis: “O colapso e uma crise sem fim, ou um avanço para um futuro melhor, mais verde e mais seguro para todos.”

Também presente na cerimónia de juramento de Guterres, o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhou a importância do momento histórico atual, salientando que “ninguém poderia ter previsto, há cinco anos, a escala exata dos desafios que o mundo e as Nações Unidas teriam de enfrentar”.

“Acreditamos que a visão de António Guterres, a sua persistência, a sua audácia, a sua justiça e o seu espírito solidário serão também fundamentais nos próximos cinco anos. Portugal está grato a todas as nações aqui unidas por reafirmarem a sua confiança no candidato que apresentámos”, acrescentou.
 

Fonte da notícia e mais informações sobre António Guterres toma posse para segundo mandato como Secretário-geral da ONU