Angolanos residentes em Portugal já podem fazer bilhete de identidade em Lisboa
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Angolanos residentes em Portugal já podem fazer bilhete de identidade em Lisboa
Publicado em 09-06-2020

Cerca de 40 mil angolanos, que residem em Portugal, já podem pedir o registo criminal ou fazer o bilhete de identidade em Lisboa, com a abertura de um posto fixo de recolha de dados no Consulado Geral de Angola.

A estrutura, que permitirá recolher em Lisboa os dados biométricos para a emissão ou renovação do bilhete de identidade e também para o registo criminal angolano, inaugurou no dia 8 de junho, na presença do embaixador de Angola em Lisboa, Carlos Alberto Fonseca.

“Vai funcionar por marcação e iremos atender 50 utentes por dia para recolha de dados para emissão do bilhete de identidade. O registo criminal é pedido e entregue na hora”, explicou a vice-cônsul para os registos do Consulado de Angola em Lisboa, Alda Candeia, acrescentando que a previsão de entrega do documento de identificação, que é feito em Angola, é de 15 dias, sendo os utentes avisados por telefone.

O consulado estipulou como prioritários para a emissão do bilhete de identidade um grupo de cerca de 125 cidadãos, que regressaram de Angola nos anos imediatamente a seguir à independência (1974/75) e que, neste momento, são considerados apátridas.

“Não são cidadãos portugueses, não são cidadãos angolanos, mas trabalharam para o Governo português durante muitos anos e precisam agora de fazer os respetivos processos de reforma”, apontou Alda Candeia.

O embaixador angolano em Portugal, Carlos Alberto Fonseca, assinalou “a poupança” de tempo e distância para os cidadãos angolanos conseguida com a abertura do posto fixo para a recolha de dados.

Em regra, os cidadãos angolanos residentes em Portugal tinham de se deslocar a Angola para tratar dos documentos de identidade ou aguardar pelas campanhas pontuais de recolha de dados feitas pelos serviços do consulado.

O posto de Lisboa vai servir toda a comunidade angolana em Portugal, estimada pelo embaixador em cerca de 40 mil pessoas.

O arranque do serviço esteve agendado para abril, mas foi adiado em consequência das medidas decretadas para fazer face à pandemia de Covid-19, que introduziram alterações ao funcionamento normal dos serviços do consulado.

Durante esta fase e devido à pandemia, o serviço irá funcionar preferencialmente por marcação, com o atendimento a decorrer todos os dias da semana, exceto à quinta-feira, entre as 9h30 e as 12h30.

De referir que Alda Candeia tomou, recentemente, posse como vice-cônsul para os registos do Consulado de Angola em Lisboa. A UCCLA deseja os maiores sucessos na nova função.

 

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Foto: DW