Ana Paula Fernandes assumiu, dia 21 de julho, a liderança do Camões, Instituto da Cooperação e da Língua, sucedendo a João Ribeiro de Almeida.
A nova presidente tem 50 anos, é licenciada em Relações Internacionais pela Universidade do Minho, tem uma pós-graduação em Assuntos Europeus pelo ISEG e um mestrado em Cooperação Internacional pelo ISCTE.
Entre as várias funções que desempenhou, foi assessora de João Gomes Cravinho quando o atual chefe da diplomacia portuguesa assumiu as funções de secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, entre 2005-2009.
Foi depois conselheira técnica na Delegação Permanente de Portugal junto da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), organização multilateral onde ascendeu e exerceu durante quatro anos as funções de vice-presidente do Comité de Apoio ao Desenvolvimento (CAD), estrutura que tem como função a monitorização e avaliação das políticas públicas de cooperação dos seus estados-membros.
A gestora chega ao Camões para operacionalizar e implementar a Estratégia da Cooperação Portuguesa 2030 (ECP 2030), um documento aprovado em dezembro do ano passado, alinhado com a Agenda 2030 e recheado de metas ambiciosas, que assume a aposta na cooperação multilateral, trilateral, na cooperação delegada, que abre as portas das políticas públicas de cooperação e desenvolvimento aos privados, e que elege prioridades como a preservação do ambiente e da transição climática, o apoio à criação de emprego e ao desenvolvimento económico dos países parceiros de Portugal, e é particularmente sensível às questões da igualdade de género.
A nova líder do Camões diz que olha para este desafio “com muita motivação”, “senão não teria vindo da OCDE”, precisamente a instituição que mais ferramentas lhe deu para o enfrentar.
“A vantagem de ter estado no Comité de Ajuda ao Desenvolvimento (CAD) da OCDE como vice-presidente durante 4 anos e depois no secretariado da organização permite efetivamente conhecer ao detalhe não só outras cooperações, mas também de apoiar países que não são membros da OCDE a criar as suas próprias instituições, assim como também fazer muito de prospetiva e de planeamento estratégico na cooperação para o desenvolvimento”, cujos “novos desafios são muito diferentes dos que tínhamos há 20 anos”, referiu a gestora.
Mais informações sobre Ana Paula Fernandes nomeada presidente do Instituto Camões
Apresentação pública da Presidente do Camões, I.P.