Entrevista à Revista Informação Lusófona – Maio de 1998
«A própria ideia da UCCLA é a consagração na prática e em termos institucionais da lusofonia ao nível da cooperação entre as cidades. É uma questão decisiva, já anteriormente acarinhada por Nuno Abecasis. A diferença é que hoje queremos que tudo isso seja vivido de uma forma muito mais participada do ponto de vista popular». «A UCCLA tem hoje novas e grandes linhas de rumo e uma grande dinâmica».
Entrevista à Revista África Hoje, 1997
«A nossa cooperação tem de afirmar a sua diferença pela positiva numa lógica de intervenção de efeito multiplicador. Esta é a aposta que podemos e fazemos com toda a clareza, depois da Assembleia Geral de Luanda, em que se pôs a tónica justamente, em primeiro lugar, nas acções com carácter multiplicador, nomeadamente na área da formação de quadros que sejam, por sua vez, formadores de outros cidadãos nas acções de cooperação com as várias instâncias da comunidade internacional, nomeadamente a União Europeia, e também nas acções que sejam emblemáticas e valorizadoras da forma lusófona de cooperar entre si».
«No quadro da UCCLA fomos os percursores «avant la lettre» da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). Quando estava a dizer que éramos os percursores, estava a querer referir-me também a um quadro que me parece importante de transformação de tudo o que tem a ver com as acções de cooperação e desenvolvimento programadas, sobretudo, a favor do continente africano». «Há uma dimensão de sonho que é preciso afirmar e há uma dimensão que tem que ver com a nossa real capacidade para, mesmo em circunstâncias muito difíceis, nos sabermos desenvencilhar e dar o salto para a frente e encontrar juntos fórmulas que nos permitam dar a volta à situação claramente muito complicada em quase todos esses países, e sobretudo que nos permitam afirmar no plano internacional as reais possibilidades que resultam de uma cooperação que seja empenhada e ao mesmo tempo profundamente pragmática».
«Há uma dimensão de sonho que é preciso afirmar e há uma dimensão que tem que ver com a nossa real capacidade»
Presidente da Comissão Executiva (1996 -2002)