Seminário sobre Medicina Tropical - Direitos e Desafios na UCCLA

Seminário sobre Medicina Tropical - Direitos e Desafios na UCCLA

A UCCLA foi palco, no dia 11 de outubro, do Seminário “Medicina Tropical - Direitos e Desafios”, que contou com as intervenções, na sessão de abertura, do Secretário-Geral da UCCLA, Vítor Ramalho, e do presidente do Conselho Fiscal da ALDIS - Associação Lusófona do Direito da Saúde, Ferreira Ramos.
 
  
 
Vitor Ramalho dando as boas vindas a todos, afirmou que a UCCLA é uma instituição que “existe, também, para este objeto”, ou seja “nós, homens falantes da língua portuguesa consolidámos ao longo da história, com outros povos e países, um encontro de culturas que é, verdadeiramente, singular a todos os níveis, e que se expressa nos mais variados domínios, desde a cultura, à gastronomia, à música, e fazemos parte, nesta expressão da língua portuguesa de que todos somos portadores dessa mesma identidade e resultado desse encontro secular de culturas.” 
 
No que respeita ao “domínio da medicina, e particularmente da medicina tropical, Portugal teve e tem um papel não negligenciável no contributo que deu e continua a dar”, criando instituições “verdadeiramente notáveis que são repositório desse labor de investigação” e do contributo que deram face a “situações graves do ponto de vista endémico e de doenças de natureza tropical”.
 
O Secretário-Geral finalizou questionando se “temos sido suficientemente capazes de honrar o contributo científico que personalidades verdadeiramente invulgares” tem dado à medicina, nomeadamente em África. Neste “período muito hedonista, em que cada um procura defender os seus interesses pessoais, e abandonar um pouco aquilo que tem a ver com o coletivo, neste mundo global a nossa mais-valia, de todos os povos de língua portuguesa, está em reforçarmos este esforço de afirmação global, porque somos a quarta língua mais falada no mundo, e no transporte que isso significa para a ciência, para a medicina, e para a utilização deste elemento absolutamente determinante”.
 
Ferreira Ramos deu a conhecer a instituição que preside e na qual a “medicina tem um aspeto central e em que nós, com todo este sentido de humanismo, temos que ter a ponderação ao nível ético, dos direitos humanos, e ao retorno da saúde como direito humano”, acrescentando que este “nosso património histórico na verdade dá-nos, em conjunto com todos os nossos povos irmãos que falam português, este acervo do que temos e dá-nos também este sentido de discutir o passado aqui no presente, mas também no sentido de acautelar aquilo que será o nosso futuro”.
 
    
 
    
 
No seminário foram abordados os temas: "Sigilo Médico e Direitos Humanos", “Organizações Internacionais e Direito da Medicina Tropical”, “Medicina do viajante, literacia e educação em saúde”, “As determinantes da Saúde e as Doenças Tropicais” e “História da Medicina Tropical em Portugal e nas Colónias (séculos XIX e XX)”.
 
Veja aqui as apresentações:
 
Programa    
 
 
 
Publicado em 12-10-2017