Os “Municípios como Peças Chaves de Desenvolvimento” em análise em Santiago de Compostela

Os “Municípios como peças chave de desenvolvimento” em análise em Santiago de Compostela

Representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe participaram, nos dias 12 e 13 de novembro, no 'Foro da Cooperación Municipalista da Lusofonía: os municipios, pezas clave do desenvolvimento' (Fórum da Cooperação Municipalista da Lusofonia: os municípios, peças chave do desenvolvimento), em Santiago de Compostela, organizado pelo Fondo Galego de Cooperación e Solidariedade.
 
foro_da_cooperacion_municipalista_da_lusofonia
 
O Fondo Galego convidou representantes de instituições ligadas às autarquias de Angola (Benguela), Brasil (coordenador das relações internacionais da Frente Nacional de Prefeitos), Cabo Verde (Ribeira Grande de Santiago e Tarrafal), Guiné-Bissau (Cachéu), Moçambique (Boane), São Tomé e Príncipe (Príncipe) e a UCCLA, entre outras personalidades representativas de instituições da Galiza.
 
Perceber a realidade dos países de língua oficial portuguesa e dar a conhecer às autoridades locais galegas, assim como refletir sobre o contributo dos governos municipais na concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, fixados pela ONU, foram os objetivos destas jornadas. O encontro, cofinanciado pela Direção Geral das Relações Exteriores e União Europeia, teve lugar na Escola Galega de Administração Pública - EGAP, em Santiago de Compostela.  
 
O Secretário-Geral da UCCLA, Vitor Ramalho, interveio na sessão de abertura, juntamente com o presidente do Fondo Galego, Juan González, com o conselheiro do Presidente das Relações Internacionais de Santiago de Compostela, Gumersindo Guinarte, e com o Secretário-Geral da Política Linguística da Junta da Galiza, Valentín García.
 
foro_da_cooperacion_municipalista_da_lusofonia_Vitor Ramalho  foro_da_cooperacion_municipalista_da_lusofonia_Vitor Ramalho1
 
Com o tema “Os municípios, Peças Chave do Desenvolvimento”, Vitor Ramalho procurou valorizar o objetivo 11 dos 17 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que têm a ver com as cidades. Referiu, a propósito, que neste momento mais de metade da população mundial vive em cidades e que mil milhões de pessoas vivem em bairros degradados. Salientou, também, que em 2050 esse número (o de pessoas que vivem em centros urbanos) subirá para 70% da população mundial e que em África, dada a fertilidades das mulheres, que têm entre 5 a 7 filhos, o crescimento será astronómico, com uma média etária muito baixa, colocando questões muito sérias de sustentabilidade a que importa dar respostas no domínio das infraestruturas, da mobilidade, do ambiente, da educação, da proximidade das instituições com a população, entre outras. 
 
No dia 13 de novembro, a UCCLA esteve representada pelo técnico José Bastos no tema “Trabalhando pelo ODS 17: Alianças entre o municipalismo da comunidade lusófona”. Começando por apresentar a UCCLA, José Bastos, seguindo a linha de comunicação de Vitor Ramalho, no dia anterior, sobre o crescimento exponencial das cidades e as questões existentes para se alcançarem os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), referiu a imprescindibilidade da gestão democrática das autarquias locais com eleições livres, acompanhadas com a descentralização de atribuições e competências, na esteira do que já tinha enfatizado o presidente da Câmara de Ribeira Grande de Santiago (Cabo Verde) Manuel Monteiro Pina. A terminar afirmou que os objetivos só serão efetivamente atingidos tendo em conta o respeito pelo clima e pelo ambiente, bem como a concretização plena da igualdade de género.
 
foro_da_cooperacion_municipalista_da_lusofonia_Jose Bastos
 
 
 
 
 
 
 
 
Publicado em 15-11-2019