Considerado como uma figura relevante da história de Angola, o cónego Manuel das Neves notabilizou-se pela rara coragem com que inscreveu o seu nome nas lutas de independência desse país. Indignado com as iniquidades e prepotências exercidas sobre o seu povo, começou por as denunciar do alto do seu púlpito mas foi sobretudo na condição de vogal efetivo do Conselho do Governo da colónia, lugar que ocupou em 1945, que a sua voz se levantou com mais ímpeto. 

 

O ensaio, com 208 páginas, conta o "fervoroso nacionalista angolano" que "lutou persistentemente pela independência da sua terra e do seu povo".

 

Com a chancela da editora Nova Vega, o livro enquadra a vida do sacerdote no processo que viria a ditar o seu futuro: o fervor nacionalista, a inspiração do 4 de Fevereiro, a prisão no Aljube, os interrogatórios da PIDE e a morte em Portugal, ocorrida em 1966.