O presente livro “Mulheres Históricas de São Tomé e Príncipe” da autoria de Carlos Espírito Santo destina-se a homenagear as mulheres africanas cujo papel na sociedade é marcante. 

 

O livro refere a ação das mulheres que foram referências incontornáveis na luta em prol da autodeterminação, como Alda do Espírito Santo e Maria Manuela Margarido que, na cultura ombrearam com grandes vultos masculinos da cultura do país, como Francisco José Tenreiro e Alfredo Margarido (este que foi casado com Manuela Margarido). Estas duas mulheres acabaram por ter, após a Independência de São Tomé e Príncipe, papéis de destaque na vida política, exercendo funções em cargos institucionais de maior responsabilidade. As duas são exemplos das muitas outras mulheres invocadas no livro.

 

 

 

Há aspectos fundamentais da História de São Tomé e Príncipe que contaram sempre com a presença das mulheres são-tomenses, que, juntamente com os homens, lutaram tenazmente contra a tirania dos colonizadores, para a conquista da independência do arquipélago. Atingido este momento político, têm contribuído significativamente para o desenvolvimento desta jovem nação, ocupando-se com diferentes tarefas produtivas. Provavelmente, haverá quem pense que os desempenhos das mulheres são-tomenses foram de somenos importância, por conseguinte desprovidos de valor histórico, facto que de modo nenhum corresponde à verdade. Mesmo que não façam parte do conjunto dos grandes acontecimentos que deixaram marcas indeléveis na sociedade, importa que mereçam especial atenção dos historiadores.