A estrutura do Governo da Guiné-Bissau, que luta contra a Mutilação Genital Feminina, lançou uma campanha de prevenção da prática numa localidade que faz fronteira com o Senegal. 

 

A ideia é sensibilizar os guardas fronteiriços guineenses no sentido de passarem a registar todas as crianças do sexo feminino que cruzam a fronteira dos dois países e se for em direção à Guiné-Bissau, anotarem a morada do familiar que as acompanha.

 

Com o apertar da vigilância na Guiné-Bissau muitas mulheres autoras da prática passam para o outro lado da fronteira, levando crianças guineenses, para serem submetidas à excisão, considerada crime pela lei do país desde 2011.

 

Rui Cardoso, governador da região de Cacheu, prometeu encetar diligências junto das autoridades das regiões senegalesas que fazem fronteira com a Guiné-Bissau para, num futuro breve, ser organizado um encontro juntando os responsáveis das regiões guineenses de Oio, Cacheu (Membro Efetivo da UCCLA) e Bafatá (Membro Associado da UCCLA), para falarem sobre a excisão.

 

Dados da UNICEF indicam que a prática da excisão tem vindo a diminuir na Guiné-Bissau, embora persistam casos em que os familiares das crianças se escondem para realizar o ritual.