Inauguração da nova sede da UCCLA e da Casa da América Latina

Inauguração da nova sede da UCCLA e da Casa da América Latina

Foi com casa cheia e com grande dignidade que a UCCLA e a Casa da América Latina abriram as suas portas e inauguram as novas sedes, no dia 30 de setembro, na presença do primeiro-ministro, António Costa, da presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Helena Roseta, do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, do presidente da Câmara Municipal de Maputo, David Simango, e de tantas outras personalidades de referência nacional e das cidades que representam as duas instituições.
 
 
Os discursos inaugurais destacaram o papel desenvolvido pelas duas instituições em prol de uma cidade cada vez mais global e multicultural.
 
O Secretário-Geral da UCCLA, Vitor Ramalho, enalteceu a UCCLA como “a mais antiga das instituições que, após Abril, aproximou os cidadãos que, nas cidades de vários continentes, se entendem pela 5.ª língua do mundo. Foram incontáveis os projetos que se levaram a cabo nos 31 anos que tem de existência”.
 
“O edifício que hoje se inaugura é, assim, uma casa de cidadãos do mundo dos países da nossa fala, mas também dos da maioritariamente castelhana da América Latina”, acrescentando que “é, porém, nas situações de crise que mais se devem aprofundar os laços de uma estratégia que vibra em comum, alicerçada na fraternidade e na solidariedade. A UCCLA tem de saber ser um pilar maior da construção da cidadania lusófona” - Leia aqui a discurso de Vitor Ramalho
 
O presidente da Câmara Municipal de Maputo e presidente da Comissão Executiva da UCCLA, David Simango, afirmou que as novas sedes serão uma “base sólida para que a UCCLA e a Casa da América Latina possam prosseguir os seus mandamentos, e os seus mandatos naturalmente, e continuarem a sua missão de aproximar os nossos povos e cidades”, acrescentando que “enche-me de orgulho como presidente da Comissão Executiva da UCCLA poder entregar aos nossos associados de hoje e de amanhã a nossa nova casa. Esta inauguração dará início a uma nova fase da nossa história, refletindo a força da união das nossas cidades e países” – leia aqui o discurso de David Simango
 
Para o autarca de Lisboa, Fernando Medina, as duas instituições são exemplo de desenvolvimento, reconhecendo a importância que o então presidente da Câmara António Costa teve na criação destes novos espaços. "Esta visão da cidade de Lisboa enquanto farol numa sociedade aberta, tolerante, multicultural, multiétnica e multirreligiosa, capaz de dialogar com todos e, em particular, com aqueles que nos são mais próximos, é algo que se deve muito à presidência de António Costa na Câmara de Lisboa", acrescentou.
 
As duas instituições “estão no centro e podem ter um papel importante na nova geoestratégia e na nova geopolítica do nosso tempo” concluiu.
 
 
O primeiro-ministro de Portugal reforçou a ideia de Lisboa como uma cidade aberta ao mundo e a importância da globalização no mundo atual. "Nós hoje vivemos num mundo onde estamos a assistir a um regresso de discursos e afirmações políticas de intolerância, de segregação, como há muito tempo não víamos e que precisamente estas comunidades, estes laços, esta realidade que nós construímos e que estamos a construir em conjunto, poderão marcar tanta diferença".
 
“Num mundo em que tantos muros se constroem é bom que haja pelo menos uma cidade que abre as suas portas e diz: são todos bem-vindos porque nós queremos continuar a ser uma cidade global e aberta ao mundo”, sublinhou. O primeiro-ministro deu o seu próprio exemplo dessa globalização: "sem isso, por ventura, o meu pai não teria deixado Goa para vir para a Casa dos Estudantes de Império, não teria conhecido a minha mãe e eu não estaria aqui hoje". E destacou que o nosso país tenha sabido reencontrar-se no espaço europeu, sem nunca ter deixado de ser “aquilo que a história nos legou e que temos o dever de continuar a acarinhar: sermos cidadãos do mundo, sermos um país aberto ao mundo e ter naturalmente uma capital aberta ao mundo”.
 
 
Estiveram, também, presentes diversas personalidades tais como: Ministro da Cultura, Luis Castro Mendes, Secretária de Estado da Cooperação, Teresa Ribeiro, Secretário de Estado das Comunidades, José Luis Carneiro, Secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado, Ministro da República da Venezuela, José Faria, Conselheiro de Estado Domingos Abrantes, presidente do Instituto Camões, Ana Paula Laborinho, Embaixadores e representantes de Embaixadas, Embaixadora e Secretária Geral do MNE, presidentes de Câmara e vereadores, presidente do Conselho Municipal da Ilha de Moçambique, antigos Secretários-Gerais da UCCLA, empresas associadas da UCCLA, associações lusófonas, entre outros.
 
 
 
No mesmo dia foi, também, inaugurada a exposição "[Co]Habitar", que contou com a atuação do músico Rodrigo Amado, e que estará patente ao público até ao dia 30 de janeiro de 2017. 
 
Após a inauguração da exposição o primeiro-ministro, o presidente da Câmara de Lisboa e Maputo, assim como outras individualidades foram visitar as novas instalações das duas instituições.
 
O edifício, recentemente renovado, foi, no século XVIII, um armazém dos bergantins e galeotas reais, herdando daí a denominação de “Casa das Galeotas”.
 
 
 
 
 
Publicado em 30-09-2016