Cidade da Praia vai ter casa de atendimento para os sem-abrigo

Cidade da Praia vai ter casa de atendimento para os sem-abrigo

A Câmara Municipal da Praia (Membro Efetivo da UCCLA), em Cabo Verde, está a prever investir, durante este ano, numa casa para os sem-abrigo com o objetivo de assegurar serviços básicos de primeira necessidade como alojamento noturno, higiene e vestuário, refeição e apoio técnico especializado.
 
A informação foi dada pelo edil, Óscar Santos, no âmbito da jornada de reflexão sob o lema “Os sem-abrigos: de invisível ao visível”, indicando que a residência, denominada “Casa abrigo municipal”, vai ficar num espaço cedido pelo Governo, no centro da cidade, no Platô.
 
Na ocasião, Óscar Santos afirmou que as pessoas em situação de vulnerabilidade constituem uma problemática que assume dimensão mundial, mas que não tem merecido a devida atenção dos decisores públicos.
 
“As políticas municipais estão diretamente ligadas à promoção de direitos sociais. Promover a inclusão, através da identificação das causas da exclusão social, bem como os fatores de risco associados a fim de conseguirmos um maior desenvolvimento social do concelho, constituem as preocupações da câmara”, sublinhou o edil.
 
Segundo Óscar Santos, o projeto “Anjos da Noite”, criado pela câmara, é uma das apostas da edilidade, que visa melhorar a condição de vida dos sem-abrigo na cidade da Praia. A equipa deste projeto trabalha diariamente em três bairros da cidade da Praia, oferecendo uma refeição quente. Desde o início do projeto até ao momento foram cartografadas 82 pessoas em situação de sem-abrigo, que utilizam a rua como espaço de dormir.
 
De acordo com o levantamento efetuado em 2016, pela Câmara Municipal, na cidade da Praia existem 117 pessoas sem-abrigo, maioritariamente do sexo masculino.
 
A cidade da Praia tem uma taxa da pobreza de 11% da população urbana e 15% na Praia Rural. A maioria das famílias vulneráveis da população concentra-se nas zonas norte e oeste da cidade, zonas com maior índice de vulnerabilidade socioeconómica, informou o autarca.
 
Por sua vez, em representação do governo, a diretora-geral da Inclusão Social, Mónica Furtado, defendeu a necessidade de se reforçar as políticas públicas nesta área, visando dar resposta a esta problemática social em todo o país.
 
 
 
 
 
Publicado em 17-10-2017