A Câmara Municipal do Porto (Membro Efetivo da UCCLA), em Portugal, assinou um protocolo de cooperação com o Governo de Cabo Verde no domínio da requalificação da cidade, particularmente do seu Centro Histórico e correspondente valorização do património e reabilitação de habitação social.

 

O protocolo de Cooperação no Domínio da Reabilitação, Planeamento e Ordenamento do Território e da Habitação tem como objetivo estabilizar uma parceria para a estratégia alargada de planeamento e ordenamento do território, de requalificação do património edificado e de promoção de habitação.

 

No âmbito da visita do autarca do Porto, Rui Moreira, às ilhas da Morabeza, o autarca recordou as tradicionais e fortes relações do Porto com Cabo Verde, desde logo com a cidade de Mindelo, na Ilha de São Vicente, com que está geminado desde 1992. E o governo cabo-verdiano pretende estender essa parceria aos municípios de São Filipe (Ilha do Fogo) e Ribeira Brava (Ilha de São Nicolau) para intervenção nos seus centros históricos.

 

Rui Moreira realça a importância do protocolo, sendo que “desta forma poderemos partilhar a nossa experiência e contribuir de facto para que Cabo Verde possa, em termos de planeamento das suas cidades, dos seus centros históricos, dar um passo a frente”. ”Os centros históricos são de facto um património. É um património material que funda os patrimónios imateriais das populações, porque lhes dá o sentimento de pertença e lhes dá a garantia de que aquilo que são os seus valores patrimoniais e históricos não serão perdidos”, adiantou.

 

A ministra cabo-verdiana das Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação, Eunice Silva, referiu que “em São Vicente vamos intervir no centro histórico, mas também na habitação. Em breve as nossas equipas técnicas de Cabo Verde e do Porto vão estar a trabalhar nesse quadro regulamentar e no plano de ação física para podermos intervir, e virmos a ter, nos próximos tempos uma cidade mais integrada, a periferia mais consolidada com os centros urbanos. Passarmos a trabalhar num quadro mais planificado, e a cidade crescer de forma planificada, o que não tem acontecido em nenhuma parte de Cabo Verde”.