Câmara de Bissau assina acordo com Ordem dos Arquitetos do país

Câmara de Bissau assina acordo com Ordem dos Arquitetos do país

A Câmara Municipal de Bissau (Membro Efetivo da UCCLA) assinou um acordo de cooperação com a Ordem de Arquitetos da Guiné-Bissau, com vista à mudança da fisionomia da capital do país, nomeadamente à criação de esforços comuns para tratar de questões relacionadas com a arquitetura, ordenamento do território, edificação requalificação urbana e questões ambientais da capital Bissau.
 
O presidente da Câmara Municipal de Bissau, Baltasar Alves Cardoso, referiu que os arquitetos nacionais têm um papel preponderante na mudança da fisionomia da capital Bissau. “A Ordem de Arquitectos da Guiné-Bissau deve assumir o seu papel de planificar todos os projectos que serão executados no país. Mesmos os projectos doados pelos nossos parceiros devem ser implementados mediante um parecer técnico desta organização”.
 
A título de exemplo o presidente referiu o Prédio de Taywan em Bissau que foi mal planeado e construído e que, atualmente, está em avançado estado de degradação. Acrescentou que a situação é notória ao longo da Avenida Combatentes da Liberdade da Pátria onde perfilam muitos edifícios inacabados e construídos sem respeito às normas arquitetónicas.
 
“Sou apenas o Presidente da Câmara Municipal de Bissau e não me cabe fazer o desenho arquitectónico da cidade para que os nossos hóspedes fiquem encantados quando visitam Bissau. Essa missão pertence-vos enquanto arquitectos”, vincou.
 
Por sua vez, o presidente da Ordem de Arquitetos da Guiné-Bissau, Fernando Jorge Pereira Teixeira, disse que há muito que a produção dos habitats e edifícios, praças e ruas da capital Bissau estão nas mãos de pessoas não qualificadas e de certos técnicos sem capacidades para o efeito.
 
Afirmou que o ato de assinatura do referido acordo entrará nos anais da história de que um dia outros pensaram esta cidade com amor e sabedoria e tentaram dar o seu melhor para a sua reabilitação.
 
“As nossas assinaturas são testemunhas mudas de que outros tiveram uma vontade comum de olhar a cidade como cidadãos preocupados e perceberam que este presente inglório não pode continuar. Quiseram preparar o futuro como deve ser, criando instrumentos e melhorias de certos atos procedimentais de forma a retirar Bissau da desorganização urbanística em que se encontra há mais de 40 anos”, frisou.
 
 
 
 
 
 
Publicado em 11-10-2017