UCCLA recebeu espetáculo “Esse Caminho Longe”

UCCLA recebeu espetáculo “Esse Caminho Longe”

“Esse Caminho Longe” é um espetáculo imersivo que cruza teatro, vídeo e música ao vivo e que esteve na UCCLA, no dia 25 de novembro. Tratou-se de um espetáculo inspirado nas narrativas de vida dos filhos de mães negras são-tomenses e pais brancos portugueses, crianças nascidas em São Tomé, que hoje são adultos, e que cresceram em Portugal. Como é o caso da escritora Olinda Beja, cuja vida e obra são parte importante desta criação sobre a dualidade que representa crescer entre a cultura europeia e a africana, com sentimentos simultâneos de pertença e desarraigo.

O Embaixador de São Tomé e Príncipe em Portugal, António Quintas do Espírito Santo, esteve presente.

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A geografia que define “Esse Caminho Longe” reflete-se também na equipa que lhe dá forma: os diretores artísticos são Graeme Pulleyn (CEM Palcos) e Marcio Meirelles (fundador do Bando de Teatro Olodum, um coletivo de atores negros de Salvador da Baía e diretor do Teatro Vila Velha), o realizador Leandro Valente é o responsável pela componente videográfica e o elenco está composto por intérpretes são-tomenses e portugueses.

A disposição cénica, juntamente com a combinação de teatro, vídeo e música ao vivo fazem de “Esse Caminho Longe” um espetáculo imersivo, para o qual contribui ainda a escolha do espaço reservado aos espectadores. Uma criação sobre distâncias e proximidades, que narra a História, as histórias e as estórias.

Para além da circulação em Portugal - o espetáculo já passou por Viseu, Viana do Castelo, Loures e Coimbra -, em 2024 “Esse Caminho Longe” será também apresentado em São Tomé e no Brasil.

 

Sinopse:

"Esse Caminho Longe” é um espetáculo imersivo que cruza teatro, vídeo e música ao vivo. O público senta-se nos quatro lados de um palco em forma de cruzamento. Duas telas de vídeo, de um lado e do outro mostram imagens de São Tomé e de Portugal. São uma das vozes que contam a história de uma mulher afastada da sua terra natal ainda em criança e da sua luta para regressar e reencontrar aquilo que perdeu, a essência do seu ser. Três atrizes, duas negras e uma branca, narram estórias, narram histórias, narram a HISTÓRIA, colocam questões, fazem perguntas, convidam o público e empatizar e apontam um caminho para um recomeço, depois de tanto e tantos séculos de escravidão real e metafórica. A relação entre atrizes e público é muito próxima. A música, tocada ao vivo, é uma quarta voz, o vídeo a quinta, o conjunto um só objeto, forte, duro, apaixonado e no final ressoa uma frase: “O sofrimento passa, o que não passa é ter sofrido”.

 

 

Publicado em 27-11-2023