Manuel Chantre

Manuel Chantre

Sou dos que defendem que a cidade representa a marca mais significativa do Homem na paisagem terrestre. O seu grau de desenvolvimento e de organização é indicador seguro da presença de civilização e condição de bem-estar para a generalidade das pessoas. Por essa razão, adoptou-se internacionalmente a taxa de urbanização como um dos principais indicadores do desenvolvimento dos países.

Mas é na Cidade-Capital, pelas suas complexas funções político-administrativas, económicas e culturais, onde mais cabalmente se cumpre o papel civilizacional da cidade. Ela é insubstituível como impulsionadora do desenvolvimento, mormente em Africa onde proliferam as chamadas “cidades dos pobres”.

Isso mesmo compreendeu Nuno Abecasis quando em 1985, como Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, teve a ideia generosa da criação das União das Cidades-Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), a primeira instituição de parceria publico-privada votada à cooperação para o desenvolvimento no seio da Lusofonia.

São já visíveis e notáveis os benefícios da sua actuação nas nossas cidades-capitais.

Tive o privilégio de ser Secretário-Geral da organização entre 1997 e 2000, a convite honroso do Dr. João Soares então Presidente da Câmara de Lisboa e tenho visto, com a maior satisfação, o recente incremento da actividade da UCCLA e uma cada vez maior adesão ao ideário da Lusofonia.

Na passagem do seu 20.º Aniversário, quero associar-me à celebração desejando vida longa à UCCLA e mais serviços prestados às populações das nossas cidades.

Funções

Secretário Geral da UCCLA (1998-2001)