Angolanos residentes em Portugal já podem fazer bilhete de identidade em Lisboa

Angolanos residentes em Portugal já podem fazer bilhete de identidade em Lisboa

Cerca de 40 mil angolanos, que residem em Portugal, já podem pedir o registo criminal ou fazer o bilhete de identidade em Lisboa, com a abertura de um posto fixo de recolha de dados no Consulado Geral de Angola.

A estrutura, que permitirá recolher em Lisboa os dados biométricos para a emissão ou renovação do bilhete de identidade e também para o registo criminal angolano, inaugurou no dia 8 de junho, na presença do embaixador de Angola em Lisboa, Carlos Alberto Fonseca.

“Vai funcionar por marcação e iremos atender 50 utentes por dia para recolha de dados para emissão do bilhete de identidade. O registo criminal é pedido e entregue na hora”, explicou a vice-cônsul para os registos do Consulado de Angola em Lisboa, Alda Candeia, acrescentando que a previsão de entrega do documento de identificação, que é feito em Angola, é de 15 dias, sendo os utentes avisados por telefone.

O consulado estipulou como prioritários para a emissão do bilhete de identidade um grupo de cerca de 125 cidadãos, que regressaram de Angola nos anos imediatamente a seguir à independência (1974/75) e que, neste momento, são considerados apátridas.

“Não são cidadãos portugueses, não são cidadãos angolanos, mas trabalharam para o Governo português durante muitos anos e precisam agora de fazer os respetivos processos de reforma”, apontou Alda Candeia.

O embaixador angolano em Portugal, Carlos Alberto Fonseca, assinalou “a poupança” de tempo e distância para os cidadãos angolanos conseguida com a abertura do posto fixo para a recolha de dados.

Em regra, os cidadãos angolanos residentes em Portugal tinham de se deslocar a Angola para tratar dos documentos de identidade ou aguardar pelas campanhas pontuais de recolha de dados feitas pelos serviços do consulado.

O posto de Lisboa vai servir toda a comunidade angolana em Portugal, estimada pelo embaixador em cerca de 40 mil pessoas.

O arranque do serviço esteve agendado para abril, mas foi adiado em consequência das medidas decretadas para fazer face à pandemia de Covid-19, que introduziram alterações ao funcionamento normal dos serviços do consulado.

Durante esta fase e devido à pandemia, o serviço irá funcionar preferencialmente por marcação, com o atendimento a decorrer todos os dias da semana, exceto à quinta-feira, entre as 9h30 e as 12h30.

De referir que Alda Candeia tomou, recentemente, posse como vice-cônsul para os registos do Consulado de Angola em Lisboa. A UCCLA deseja os maiores sucessos na nova função.

 

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Foto: DW

 

 

Publicado em 09-06-2020