Resultados do Prémio Literário UCCLA e encerramento da exposição “Conexões Afro-Ibero-Americanas”

Resultados do Prémio Literário UCCLA e encerramento da exposição “Conexões Afro-Ibero-Americanas”

O dia 7 de maio foi dedicado à cultura, com a apresentação dos resultados do Prémio Literário UCCLA, o encerramento da exposição “Conexões Afro-Ibero-Americanas 2.01” e um recital de poesia cabo-verdiana, nas instalações da UCCLA.
 
O Brasil foi o país vencedor desta 2.ª edição do Prémio Literário UCCLA: Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa, com o primeiro prémio a ser atribuído à obra “Diário de Cão” de Thiago Rodrigues Braga, de 35 anos, natural de Corumbá, Goiás, Brasil. 
 
A menção honrosa foi dada ao trabalho poético “Asa Norte” da autoria de Rafaela Nogueira Barbosa, de 31 anos, natural do Rio de Janeiro, Brasil.
 
    
 
O Secretário-Geral, Vitor Ramalho, deu início aos eventos, agradecendo a presença de todos. No que respeita ao Prémio Literário UCCLA salientou o trabalho do consultor António Carlos Cortez pelo trabalho desenvolvido que não “é fácil, fazer a seleção de 2 obras” entre mais de 500 obras recebidas. Relativamente à exposição “Conexões Afro-Ibero-Americanas” termina com saldo positivo e com um número significativo de visitas. 
 
João Pinto de Sousa, da Editora A Bela e o Monstro, salientou o orgulho que sente na parceria com a UCCLA uma vez que há um “trabalho que tem a ver com pontes, que tem a ver com uma atitude solidária, e uma atitude de promoção e de renovação” do trabalho que a instituição desenvolve com mais de 40 cidades. Destacou, ainda, o trabalho do consultor António Carlos Cortez e do júri “de excelência” que compõe o prémio.
 
  
 
António Carlos Cortez afirmou que “não é fácil entre 800 candidaturas, o ano passado, e mais de 500, este ano, um conjunto de 10, 15, 20 obras que possam de alguma maneira, funcionar como um filtro para um júri, que é constituído por académicos do Brasil, de África e de Portugal.”
 
Para o consultor, este ano houve muitas candidaturas de poesia. No que respeita ao primeiro prémio “Diário de Cão” é um “diário, um livro de ensaios com pequenos textos sobre poetas, romancistas, pintores, sobre questões da criação literária propriamente dita e, por outro lado, é um livro de memórias”.
 
A obra vencedora será apresentada e lançada no dia 16 de junho, pelas 18 horas, no Auditório da APEL da Feira do Livro de Lisboa e será distribuída pelo jornal Público, em Portugal.
 
Esta 2.ª edição do prémio contou com a apresentação de 520 obras candidatas. Os autores candidatos representam uma diversidade e abrangência, que vai para além dos países lusófonos, pois abrangeu outras nacionalidades como Inglaterra, Holanda, Espanha, Argentina e Estados Unidos da América, com textos em Português.
 
Quanto ao género, 169 são mulheres e 351 são homens. Foi um sucesso no seu objetivo de promover a escrita entre jovens, que contabilizam cerca de 55% - 28 candidatos têm idades entre os 16 e os 20 anos; e entre os 20 e os 40 anos foram apresentados 260 candidatos. Por outro lado conseguimos um diálogo de gerações, atraindo ao nosso concurso cerca de 10% de escritores seniores, com idades entre os 60 e os 90 anos.
 
O Prémio Literário é uma iniciativa conjunta da UCCLA, Editora A Bela e o Monstro e Movimento 2014, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, e tem como objetivo estimular a produção de obras literárias, nos domínios da prosa de ficção (romance, novela e conto) e da poesia, em língua portuguesa, por novos escritores.
 
 
 
 
A exposição “Conexões Afro-Ibero-Americanas 2.01” - iniciativa da UCCLA e do Colectivo Multimédia Perve, que contou com o apoio institucional da Câmara Municipal de Lisboa e do Museu Coleção Berardo – foi inaugurada a 21 de fevereiro e encerrada a 7 de maio.
 
 
Esta exposição trouxe à UCCLA 150 obras de 63 importantes autores, oriundos de África (Angola, Cabo Verde, Guiné, Moçambique e São Tomé e Príncipe), Península Ibérica (Portugal e Espanha) e continente americano (Brasil, Chile, Argentina e Cuba).
 
Na ocasião, o Secretário-Geral da UCCLA, Vitor Ramalho, salientou a qualidade das obras existentes no espaço e reforçou as múltiplas visitas que ocorreram.
 
Em representação do Colectivo Multimédia Perve, Nuno Espinho, agradeceu aos artistas patentes uma vez que “acreditaram e nos delegaram obras, desde há muitos anos, que nos permitem dar uma dimensão deste espaço lusófono, de criação, como um espaço em que os artistas circulam até para além das fronteiras dos países que falam português”.
 
 
Um recital de poesia cabo-verdiana pelo Grupo de Francisco Fragoso - pseudónimo de Kwame Kondé, artista representado na exposição “Conexões Afro-Ibero-Americanas 2.01” - fechou com chave de ouro este dia dedicado à cultura. 
 
    
  
 
 
 
 
Publicado em 07-05-2017