Protocolo de depósito da documentação referente à Casa dos Estudantes do Império na Fundação Mário Soares

Protocolo de depósito da documentação referente à Casa dos Estudantes do Império na Fundação Mário Soares

Decorreu no dia 29 de fevereiro, a assinatura do protocolo de depósito da documentação referente à Casa dos Estudantes do Império no Arquivo & Biblioteca da Fundação Mário Soares.
 
O protocolo, assinado pelos representantes da Associação Casa dos Estudantes do Império, Aida Faria Freudenthal, e Fundação Mário Soares, Alfredo Ladeira Caldeira, tem como objetivo o depósito para tratamento de documentação referente à Casa dos Estudantes do Império - documentos que serão, gradualmente, descritos e disponibilizados em suporte digital através do portal http://casacomum.org/
 
     
 
De acordo com o protocolo assinado “este acervo essencialmente documental constitui uma amostra do percurso da Casa dos Estudantes do Império, e possibilita uma breve visão do universo humano que a compunha, a natureza e impacto das suas actividades, as relações estabelecidas com o mundo exterior como o movimento estudantil, o processo de (re)descoberta dos seus territórios e culturas de origem, e a importância do seu legado histórico”.
 
Esta documentação foi reunida por ocasião das iniciativas levadas a cabo pela UCCLA, que assinalaram o 50.º aniversário do encerramento da CEI pela PIDE (em 1965). 
 
Para Alfredo Caldeira este ato traduz a “importância de preservar este espólio e outros que se irão juntar e que representa a memória da Casa dos Estudantes do Império, que foi fundamental na afirmação dos nacionalismos africanos e muitos dos futuros dirigentes dos novos países passaram pela CEI. É muito importante que se junte estes papéis, que se preservem e que se divulguem” constituindo, deste modo, um acervo fundamental “para o público em geral e, sobretudo, para os investigadores”.
 
De referir que muitos dos materiais produzidos na CEI - fotografias, publicações periódicas, livros, documentos da associação e outros - foram destruídos, no entanto muitos ainda estão na posse de antigos associados e outros foram depositados em arquivos públicos - como Arquivo Nacional Torre do Tombo, Biblioteca Nacional de Portugal, Hemeroteca Municipal de Lisboa, Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Imagoteca da Câmara Municipal de Coimbra, Centro de Documentação e Informação Amílcar Cabral e Gabinete de Estudos Sociais do Partido Comunista Português em Lisboa, de acordo com o protocolo agora firmado.
 
O ato contou com a presença dos antigos sócios da CEI Rute Magalhães, Carlos Veiga Pereira e Luís Cília.
 
 
 
Publicado em 29-02-2016